Em um tempo em que o protagonismo juvenil se manifesta de diferentes formas, estudantes do Ensino Médio do SESI-SP e do curso técnico em Eletroeletrônica do SENAI Jundiaí têm mostrado que a solidariedade também é um aprendizado e que pode transformar vidas.
Os alunos Samuel Vitor Diniz, Luiz Felipe Sousa Viana e Gabriel Pangoni compartilharam suas experiências à frente de projetos sociais que impactam a comunidade local e até outros países.
Fé, empatia e inclusão - Com 17 anos, Samuel Vitor Diniz carrega uma trajetória marcada pela fé e pelo desejo de servir. Envolvido desde a infância com as atividades da Igreja Graça Church, ele hoje integra o Ministério de Ação Social, que realiza cultos ao ar livre, visitas a famílias em vulnerabilidade e promove seminários voltados à inclusão. "Comecei como criança que participava e hoje sou um adolescente que ajuda", destaca.“Queremos que todas as igrejas sejam inclusivas. Evangelizamos, mas também orientamos e acolhemos as pessoas”, conta.
Para Samuel, tudo o que faz está ligado a um propósito. “Me tornei tecladista para ajudar meus pais a evangelizarem através do louvor. Ajudar o próximo é a nossa missão como cristãos.”
Educação acessível como ferramenta de transformação - Já o colega Luiz Felipe Sousa Viana, também de 17 anos, encontrou no conhecimento a sua maneira de contribuir. Criador da plataforma Fluency Up, ele oferece aulas gratuitas de idiomas para pessoas de baixa renda. Fluente em inglês e francês, Luiz Felipe já alcançou mais de 3 mil alunos e 18 milhões de visualizações nas redes sociais, onde também incentiva hábitos saudáveis e o cuidado com o corpo e a mente.
“Ninguém paga nada para aprender com a Fluency Up. Nosso propósito é eliminar as barreiras financeiras para que qualquer pessoa possa aprender um novo idioma”, explica. Inspirado pelos exemplos da própria família, ele acredita que o conhecimento é um dos maiores legados que alguém pode oferecer. “Ninguém tira o que aprendemos e poder ensinar é uma satisfação, não tem preço”, ressalta.
Amor em ação — e além das fronteiras - Com apenas 16 anos, Gabriel Pangoni também dedica parte do seu tempo a servir pessoas em situação de vulnerabilidade. Membro da Igreja Lagoinha Jundiaí, ele participa dos ministérios Kids e We Care, que acolhem crianças e moradores de rua, além de outros ministérios que colaboraram em missões fora do Brasil.
“Ajudamos igrejas em Moçambique e outros países da África, além dos Estados Unidos. Envolvemos os membros em campanhas de doação e acompanhamos as ações com vídeos e registros”, conta. A evangelização também faz parte da sua atuação em cultos ao ar livre, na praça da Matriz, no Centro de Jundiaí. “Me sinto na obrigação de fazer o que faço. Se vejo uma pessoa em dificuldade, quero ajudar, quero que essa pessoa tenha a oportunidade de melhorar”, destaca, aconselhando aqueles que têm vontade de ajudar, para deixar o preconceito de lado. “Não pré-julgue um morador de rua ou uma pessoa que te pede ajuda. Ouça, sem julgamentos, sem preconceito, esteja aberto a ajudar, simplesmente”, completa.
Orgulho que inspira - Para a diretora do SESI 021-Humberto Cereser, no Jardim Tarumã, Mônica Pedroso Bolognesi, ver os alunos se engajando em causas sociais é motivo de orgulho e de esperança. “Eles são incríveis, uma potência. O SESI valoriza e apoia essas iniciativas, orientando e ajudando sempre que possível”, afirma.
As ações também fazem parte da formação integral dos estudantes e contam pontos no Programa Passaporte para o Futuro, que reconhece atividades extracurriculares com impacto social. “São experiências que moldam cidadãos conscientes e comprometidos com o bem comum”, reforça Mônica.
Histórias como as de Samuel, Luiz Felipe e Gabriel mostram que o futuro está nas mãos de quem, desde cedo, escolhe usar o próprio talento para transformar realidades. E que, entre fórmulas, circuitos e lições de sala de aula, há algo ainda mais poderoso sendo aprendido: o valor de cuidar do outro.
Cíntia Souza - Assessoria de Comunicação - CIESP Jundiaí