CIESP Jundiaí realiza 2ª edição do Workshop Conexões Inclusivas, desta vez com as entidades
- Atualizado emNesta quinta-feira, 17 de outubro, o CIESP Jundiaí, por meio do departamento de Recursos Humanos e com o apoio da AJARH (Associação Jundiaiense de Recursos Humanos), promoveu a segunda edição do Workshop Conexões Inclusivas. O evento reuniu entidades que atuam na inclusão de pessoas com deficiência em Jundiaí, como ATEAL, APAE de Jundiaí, CRJ Centro de Reabilitação de Jundiaí, Instituto Luiz Braille, Famílias Atípicas e Grendacc, com o objetivo de fortalecer o diálogo entre essas instituições e o setor industrial.
Vânia Mazzoni, diretora de Recursos Humanos do CIESP Jundiaí, destacou a importância do evento: “Após o sucesso da primeira edição, realizada em 7 de agosto, identificamos a necessidade de promover um novo encontro para aprofundar a conexão entre as entidades e as empresas. Dessa vez, queremos oferecer às instituições a oportunidade de apresentar o trabalho que desenvolvem no apoio às pessoas com deficiência, estabelecendo um canal direto com as indústrias locais”, explicou.
“Este evento é importante para que os profissionais possam refletir sobre como transformar a empresa num ambiente mais empático e acolhedor para todas as diversidades. Infelizmente, a participação das empresas foi baixa, mas este é um tema muito importante para que realmente consigamos promover a inclusão de fato das pessoas com deficiência e não apenas cumprir a legislação”, avaliou, lembrando que a Lei da Inclusão já tem 33 anos. “Infelizmente ainda engatinhamos neste assunto. Já tivemos muitos avanços, mas como empresa, podemos fazer mais para, de fato, promovermos a inclusão”, completou.
A primeira entidade a se apresentar foi a APAE de Jundiaí. A coordenadora de Captação de Recursos, Luciana França, falou sobre a entidade, seu público-alvo – pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista e Síndrome de Down e suas famílias – e sobre os programas que desenvolve para captar recursos, como a Nota Fiscal Paulista e o programa Somos Mais, voltado para empresas que entendem e apoiam a causa da pessoa com deficiência. Luciana falou também sobre o Emprego Apoiado, programa que capacita as pessoas com deficiência para o mercado de trabalho e oferece também todo o suporte para as empresas que vão contratá-las. “Investir em acessibilidade dá a empresa a capacidade de promover a diversidade e como isso impacta a empresa? Os benefícios são diversos: boas práticas de ESG, ótimos resultados para as equipes, ambiente de trabalho mais inclusivo, criativo e engajado, melhora do clima organizacional”, listou, reforçando que o programa é diferente de assistencialismo. “O Emprego Apoiado não se caracteriza pelo assistencialismo! Ambos têm que estar satisfeitos, o empregador com a qualidade e produtividade e o empregado, com a função exercida e as condições do emprego, que devem ocorrer em igualdade a dos companheiros”, reforçou.
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O workshop foi pensado para criar pontes entre as entidades sociais e o setor empresarial, visando ampliar o entendimento sobre as barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência no ambiente de trabalho. O evento também discutiu soluções para superar os preconceitos e promover as adaptações necessárias nas empresas, reforçando a importância de uma inclusão verdadeira e duradoura.
A segunda entidade a se apresentar foi a ATEAL. Fundada em 1982, por Mariza Pomílio, é uma associação civil, assistencial e de pesquisa, sem fins econômicos. “Somos credenciados pelo Ministério da Saúde para atendimento de pacientes de Jundiaí e mais 18 municípios e neste período já promovemos mais de 100 mil atendimentos; mais de 82 mil testes da orelhinha e mais 12 mil aparelhos auditivos doados”, destacou Carolina Cyrillo, Supervisora do Núcleo de Libras, apresentando vídeo com pacientes surdos relatando as dificuldades que enfrentam nas empresas, bem como de famílias e pacientes atendidos. De acordo com Carolina, a ATEAL possui um Centro Audiológico, para realização de exames auditivos; oferece terapias nas áreas de Fonoaudiologia, Psicologia, Psicopedagogia, Assistência Social e Terapia Ocupacional; e mantém o Núcleo de LIBRAS que oferece serviços de interpretação, assessoria e consultoria nas áreas de educação, cultura, mídias, jurídicas e empresarial.
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O Instituto Jundiaiense Luiz Braille de Assistência ao Deficiente da Visão foi fundado em dezembro de 1941, com o objetivo de alojar e profissionalizar pessoas com deficiência visual. Atualmente, o Braille conta com um prédio de ambulatório oftalmológico e um centro cirúrgico, credenciado como Hospital Dia para atendimento em Oftalmologia, além de abrigar a Residência Médica em Oftalmologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Pelos méritos conquistados pela Reabilitação, reconhecida em todo o Estado de São Paulo, tornou-se ainda uma Unidade de Referência em Serviços de Reabilitação Visual. Representando o Braille, falaram Eduardo Drezza e Gilson Modesto, que contou sua história e como lida com a perda da visão aos 19 anos de idade. Ele deixou um recado importante. “Aprendi a compreender que tenho a cegueira e que tenho uma limitação e não sou limitado. Não me tratem como deficiente, me tratem como uma pessoa. Infelizmente, já ouvi muitas empresas dizerem que é mais fácil pagar a multa do que contratar um a pessoa com deficiência. E por isso deixo um recado para vocês: contrate, dê uma chance, dê uma oportunidade para uma pessoa com deficiência”, destacou.
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José Mauro Castro Magalhães, presidente do Centro de Reabilitação de Jundiaí, explicou que o CRJ é uma entidade particular, criada há 44 anos e que presta serviços à Prefeitura Municipal de Jundiaí nas áreas de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia e serviço social. “Hoje em dia, o Centro de Reabilitação Jundiaí atende cerca de 9 mil pacientes por mês, encaminhados através da Rede Municipal de Saúde, sendo em sua maioria oriundos da demanda do Hospital São Vicente”, explicou, reforçando que por ser uma entidade sem fins lucrativos, depende de ações beneficentes que ajudam nas necessidades operacionais e de manutenção da Instituição. “Dessa maneira, realizamos eventos beneficentes, campanhas de doação, venda de pizzas, venda de rifas, doação de cupons fiscais e locação de espaço para palestras”, destacou, anunciando que no próximo dia 20 de outubro haverá um Almoço Italiano Beneficente, cuja renda será revertida para a entidade e os convites estão à venda. Para adquirir os convites ligue para (11) 4521-4225.
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A diretora do Grendacc, Vanessa Almeida Carvalho, e a oncologista pediátrica, Ariane Casarim, falaram sobre a entidade, seus projetos para arrecadar fundos para manter a instituição e sobre o câncer infantil, cujos resultados de cura atingem 80% de efetividade. “Somos referência em oncologia e atendemos também em diversas especialidades pediátricas, como cardiologia, cirurgia, cuidados paliativos, hematologia, nefrologia, neurologia, ortopedia e pneumologia, com uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, assistente social e cuidados paliativos”, explicou Vanessa, anunciando que hoje são 13. 984 doadores e 100 voluntários, tanto presenciais, quanto virtuais. “Atualmente, temos 16 pacientes em tratamento e acompanhamos, mensalmente, outros 81 pacientes”, destacou, agradecendo a oportunidade e o espaço para falar sobre o Grendacc e convidando a todos para fazer uma visita para conhecer a estrutura da instituição. Representando a parte clínica do Grendacc, a oncologista pediátrica Ariane, destacou que os pacientes do Grendacc podem vir para a instituição com alguma deficiência prévia ou que adquiriam alguma deficiência pelo tratamento. “É um tratamento longo que demanda tempo dos familiares, mudando a rotina e a vida de todos da família, por isso oferecemos um atendimento multidisciplinar que faz toda a diferença na vida dos pacientes e de seus familiares”, completou.
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Eliana de Cássia Ferreira, representou o grupo Famílias Atípicas TEA de Jundiaí, cuja missão é promover a qualificação, inclusão social, econômica e financeira da pessoa com TEA e seus familiares ou cuidadores. Ela falou sobre as pessoas Neurodivergentes que, como ela, possuem o funcionamento do cérebro de maneira diferente. Ela foi diagnosticada como neurodivergente aos 33 anos de idade. “Tenho TDAH (Transtorno doe Déficit de Atenção com Hiperatividade) e superdotação e o diagnóstico é muito importante para você entender quem você realmente é. Meu filho Gabriel, é autista, também tem TDAH e superdotação”, destacou, contando a história do seu filho que foi diagnosticado pela nutricionista do Grendacc. “O deficiente pode estar onde ele quiser. Tenho um sonho de que o deficiente possa trabalhar onde ele quiser e não só nas áreas de produção das empresas”, alertou, destacando que o Famílias Atípicas atende mães que tiveram que deixar de trabalhar para cuidar de seus filhos. “Temos três projetos: Famílias Empreendedoras, Cuidar de Quem Cuida e Conectando Caminhos. Toda a renda de venda de produtos vai para as famílias, também participamos de feiras e exposições levando o nome da entidade, divulgando o que fazemos”, explicou.
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Essa segunda edição foi mais um passo na construção de uma parceria que busca não só abrir portas para o diálogo, mas também criar ações práticas que resultem em um ambiente corporativo mais acessível e inclusivo. “Estou muito feliz em acompanhar todas as apresentações que mostraram o comprometimento das entidades e o trabalho que desempenham para promover mais qualidade de vida e bem-estar para as pessoas com deficiência, melhorando suas oportunidades na vida e abrindo portas no mercado de trabalho”, disse, parabenizando todas as entidades, pelo trabalho e participação.
Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí