COMEX – Palestra alerta para a importância do gerenciamento de riscos
- Atualizado emO CIESP Jundiaí promoveu nesta quarta-feira (8) a última reunião de COMEX do ano. O encontro, por videoconferência, reuniu profissionais da área de empresas de Jundiaí e região e foi coordenada por Marcio Ribeiro Julio (Diretor de Comex) e Cileide David (diretora adjunta). A reunião contou ainda a participação dos advogados Bruno Felipe e Diego Joaquim.
Dr. Bruno Felipe apresentou as alterações na legislação que impactam diretamente o dia a dia de quem trabalha com o comércio internacional. Todas as alterações publicadas no período de 17 de novembro a 7 de dezembro, podem ser acessadas, clicando aqui.
Despacho Antecipado – Cileide David trouxe informações sobre Despacho Antecipado – Modal Aéreo, que entrou em operação no dia 1 de dezembro deste ano. “A partir de agora é permitido o registro da declaração de importação antese sua descarga na unidade da RFB de despacho para cargas que procedam diretamente do exterior, quando importadas pelo modal aéreo por importador certificado na modalidade OEA-Conformidade Nível 2”, explica. “Assim que a carga embarcar, já podemos fazer o registro da Declaração de Importação, completa. “É importante avaliar se vale a pena fazer o despacho antecipado. Para quem utiliza T.C.1 não vai valer a pena, mas para TC4 e TC7, vale, pois o trâmite ficará mais ágil”, reforça.
Cileide explicou ainda porque é importante lembrar de anexar a documentação. “Em 99% dos casos, a carga será parametrizada em canal verde”, alerta. “A DI no Siscomex, deverá ser registrada sob a modalidade despacho antecipado antes da chegada da carga ao destino final”, explica, segundo orientações da Receita Federal. Para baixar as informações sobre Despacho Antecipado, clique aqui.
O diretor de Comex, Marcio Ribeiro Julio, trouxe informações sobre os impactos logísticos com a variante Ômicron. Segundo ele, o cancelamento de voos é o maior impacto. “Melhorou a situação de embarques marítimos para o Peru, mas Republica Dominicana, Estados Unidos e Porto Rico, o prazo tanto para importação, quanto para exportação é de duas a três semanas”, alerta, orientando, como sempre na preocupação com o planejamento de cargas. “As companhias aéreas estão alegando preocupação com a segurança e usando ‘como força maior’ o motivo para cancelamento dos voos”, explica.
Para voos que chegam ao Brasil, de acordo com Marcio, a carga corre o risco de ter de cumprir quarentena. “Seria importante que cada empresa estabelecesse o seu conceito de valor por tempo de trânsito: uma vez que os valores subiram, pelo menos, 25% de e para o Mercosul”, reforça.
Gerenciamento de Riscos Aduaneiros – “Quando falamos em gerenciamento de risco aduaneiro, sempre pensamos em OEA, mas o OEA é uma consequência da cultura de gerenciamento de risco realizada pelas empresas. O gerenciamento de risco deve estar enraizado no dia a dia das empresas”. Foi assim que o advogado aduaneiro, Dr. Diego Joaquim deu início à sua palestra sobre Gerenciamento de Risco Aduaneiro.
Para ele, além de estabelecer o controle de risco, é preciso manter a atenção aos processos, constantemente, monitorando-os. Para explicar a importância do monitoramento, dr. Diego estabeleceu a diferença entre Mapa de Risco e Gerenciamento de Risco. “Mapa de Risco é uma ferramenta, a representação gráfica de um conjunto de eventos de uma empresa. O gerenciamento são as atividades exercidas a partir do mapa, os processos e procedimentos para identificar, avaliar, tratar e monitorar os riscos”, explica.
Ele lembrou também que a ISO 31.000:2018 traz um conteúdo de ação contínua para o gerenciamento de risco. “É mais fácil tomar as decisões se conhecermos todos os riscos”, alerta. “Já o programa OEA é um parceiro estratégico da Receita Federal que traz benefícios logísticos na liberação dos processos: o controle não deixa de existir para empresas OEA, a forma de verificação dos processos é que muda. A avaliação vai olhar para a gestão dos processos de risco como um todo”, destaca, lembrando que por isso que o monitoramento contínuo é imprescindível. “Ao controlar as causas, atenuo as possibilidades e, ao controlar os efeitos, conseguimos atenuar as consequências”, completa. Para baixar as informações sobre Gerenciamento de Risco, clique aqui.
Ao final da reunião, Marcio comentou sobre 2021, um ano bastante complicado para o comércio internacional, mas também da satisfação de participar do Grupo de Comércio Exterior do CIESP Jundiaí. “Este é um ambiente criado para acompanharmos e entendermos as novidades do mercado para que consigamos melhorar os processos do comércio exterior”, destaca. “Para trabalhar com Comércio Exterior precisamos além do planejamento e gerenciamento de riscos, de apoio técnico e emocional e tudo isso nós encontramos neste grupo”, reforça, agradecendo a participação de cada um.
Marcio também anunciou o calendário de reuniões para 2022. “Elas continuarão no formato online para conseguirmos atingir um número maior de pessoas, mas estamos avaliando também alguns encontros presenciais com o suporte do online para quem não puder vir pessoalmente”, complementa.
Confira a agenda de reuniões do Grupo de Comércio Exterior para 2022:
- Janeiro: dia 19
- Fevereiro: dia 16
- Março: dia 16
- Abril: dia 20 (a confirmar – véspera de Tiradentes)
- Maio: dia 18
- Junho: dia 15 (a confirmar – véspera de Corpus Christi)
- Julho: dia 20
- Agosto: dia 17
- Setembro: dia 21
- Outubro: dia 19
- Novembro: dia 16 (a confirmar – data posterior à Proclamação da República)
- Dezembro: dia 21 (a confirmar – proximidade com o final do ano)
Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação CIESP Jundiaí