‘Precisamos pensar grande’, defende presidente da Abrace durante evento sobre neoindustrialização e transição energética
- Atualizado emA industrialização no Brasil vive um momento decisivo, em meio à fomentação da energia limpa e discussões sobre mudanças na matriz energética do país. O tema foi debatido durante o Estadão Think, que abordou a pauta “Neoindustrialização apoiada pela Transição Energética”. O evento, que aconteceu em São Paulo, na última sexta (20), foi realizado em conjunto por Fiesp, Ciesp, Firjan e CNI.
O presidente executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa, disse que o cenário atual serve como uma oportunidade para realizar esta transição. As declarações aconteceram durante o segundo painel do fórum: “Como o Brasil pode aproveitar suas vantagens competitivas ambientais para alavancar a nova indústria”.
“Nós precisamos pensar e pensar grande. A transição energética é a grande oportunidade do Brasil fazer a transição da sua sociedade. Quebrar um modelo em que a gente exportou pau-brasil, açúcar, café, soja e fazer algo diferente no país, mudar a nossa sociedade”, afirmou.
Pedrosa ainda destacou o papel importante que a indústria também possui no cenário nacional, apontando a alta carga tributária que o setor paga. “A nossa contribuição para a questão climática global, vai ser perseguida junto com a transformação da nossa sociedade, com mais emprego e pagamento de imposto. Quem paga imposto no Brasil é a indústria, não é o Agro. A indústria que sustenta os programas sociais e de desenvolvimento do governo e esse eixo tem que ser recuperado”, completou o executivo.
Impactos da crise climática
Outro ponto de discussão durante o painel foi a crise climática que o país tem passado, fortalecendo o argumento sobre a necessidade de aceleração de mudanças rápidas na matriz energética. Juliana Chagas, gerente geral de Otimização e Comercialização de Energia Elétrica da Vale, falou sobre a necessidade de um senso de urgência para substituir as fontes fósseis e trazer novas soluções.
“Esses fenômenos estão trazendo um sinal de alerta de que a gente precisa acelerar a inclusão dessas fontes. E também buscar fontes novas para que a gente complete a nossa matriz, para que a gente traga soluções de descarbonização e aumente a velocidade”, disse.
Fonte: Assessoria de Imprensa do CIESP – Vitor Leite