Palestra orienta sobre a importância do Compliance
- Atualizado emCompliance é para todas as empresas? Este foi o principal questionamento que a especialista Claudia Ferrari respondeu com sua palestra promovida dia 23 de novembro, no CIESP Jundiaí. “Compliance: por onde começar” abordou diversos pontos sobre o tema, inclusive a importância da alta direção da empresa em se comprometer, engajar-se, prover recursos, assumir responsabilidades e responsabilização.
De acordo com a palestrante, sim, toda e qualquer empresa, seja privada ou pública, com ou sem fins lucrativos, independente do setor que atua ou porte, deve se preocupar com o Compliance. “A partir do momento que a empresa é criada, ou seja, torna-se uma Pessoa Jurídica, ela está sujeita a cumprir requisitos obrigatórios ou voluntários. Os obrigatórios podem ser de qualquer parte interessada, como órgãos públicos, clientes, fornecedores, colaboradores entre outros. Os voluntários são decididos pela própria organização. Para cada requisito aplicável a esta empresa, não é opcional não atendê-los. Uma vez adotados, devem ser cumpridos”, esclareceu a especialista em SGI, administradora e pós-graduada em Sustentabilidade, MBA em Gestão de Pessoas, Custos da Qualidade, Projetos, Riscos e Compliance
Claudia defende ainda que o Compliance não é algo passageiro. “Atender aos requisitos não é algo passageiro: é uma questão de sobrevivência da organização estar em conformidade com os requisitos aplicáveis”, explicou, reforçando que o se discute é a questão ética sobre atendimento a requisitos de legais relacionados à anticorrupção e suborno. “Com as decisões nas escalas públicas dos últimos anos, houve um arrefecimento do tema, porém, o cumprimento dos requisitos legais permanece enquanto a lei for aplicável”, completou.
Compliance x Programa de Integridade – Claudia explicou que alguns escritores consideram sinônimos, outros entendem que um está dentro do outro e ainda há estudiosos que consideram que os focos são diferentes. “Entendo que o programa de integridade está diretamente ligado com ser incorruptível, portanto, eu diria que tem correlação direta com a ISO 37001, que define o sistema de gestão antissuborno”, explicou. “Já o programa de compliance não tem foco apenas no antissuborno e na corrupção e sim abrange todo e qualquer cumprimento de quaisquer requisitos de qualquer parte interessada na organização. Em síntese, a integridade é uma das demandas do compliance”, comparou.
Para baixar a apresentação de Claudia, clique aqui.
A especialista explicou ainda, que o maior benefício para as empresas em agir em compliance é deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. “A reputação ilibada de uma pessoa jurídica é o reflexo das pessoas físicas que nela atuam. Quem quiser estudar sobre o tema, poderá encontrar diversos benefícios nas bibliografias disponíveis, mas gosto do texto da ISO 37301:2021, que diz: melhorar as oportunidades de negócio e sua sustentabilidade; proteger e melhorar a credibilidade e a reputação da organização; considerar as expectativas das partes interessadas; demonstrar o comprometimento de uma organização para gerenciar eficaz e eficientemente seus
riscos de compliance; aumentar a confiança de terceiras partes na capacidade da organização de alcançar sucesso sustentado; minimizar o risco da ocorrência de uma violação aos custos associados e dano reputacional”, listou.
Claudia enfatizou ainda que um elemento fundamental para que uma organização viva em compliance é o caráter das pessoas que lá trabalham. “Independente do cargo, se conseguirmos, diariamente, agir com comportamentos e atitudes nobres, a cultura de compliance será real, caso contrário, ficará sendo apenas mais um desperdício de recursos sem resultado positivo: a responsabilidade por toda a cultura começa na alta direção, permeia por cada cargo e não termina nunca”, frisou.
Quer saber mais sobre Compliance? Acesse estes conteúdos gratuitos:
https://esg.churchgatepartners.com/
Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí