Laboratório de Cibersegurança do Senai em São Caetano recebe comitiva de 42 gerentes do Ciesp - CIESP Jundiai

Laboratório de Cibersegurança do Senai em São Caetano recebe comitiva de 42 gerentes do Ciesp

‘Os cibercriminosos são um ladrão a procura de uma janela aberta’, alerta DPO do Ciesp, Marcos Andrade, sobre atenção que empresas devem dar ao tema

Não adianta ter grandes produtos tecnológicos na empresa, se eu não capacitar meus usuários para poder utilizá-los de forma segura. A orientação é de Oliver Guerino, coordenador de Tecnologia do Senai-SP, que recebeu na manhã desta quarta (30), gerentes das 42 diretorias regionais do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) para falar sobre cibersegurança. O Ciesp representa hoje 8 mil indústrias em todo o estado de São Paulo.

A gerente regional do CIESP Jundiaí, Cássia Maria Stuchi, também participou do encontro

A imersão no tema da cibersegurança aconteceu na arena do Cyber Lab Services do Senai Paulo Antônio Skaf, em São Caetano do Sul, na região do ABCD Paulista. A escola, que tem 32 laboratórios e capacidade para 1.900 alunos é especializada em cursos de nível mais complexo na área de TI (Tecnologia da Informação). A unidade possui, por exemplo, o 1⁰ computador quântico educacional de toda a América Latina.

De acordo com Guerino, a preocupação com cibersegurança faz parte do “pacote” da indústria 4.0, que aumenta a produtividade, mas também traz riscos de ataques de hackers. “Quando a gente fala de preparação para a digitalização e para segurança cibernética, precisamos ter consciência de que é necessário trabalhar de forma conjunta três frentes: processos, pessoas e tecnologia”, disse o coordenador.

De acordo com ele, dados do Senai-SP mostram que dentre as empresas de pequeno porte, 23% têm média vulnerabilidade a ataques cibernéticos, enquanto 50% têm risco alto. Por outro lado, é impossível dizer que 27% das empresas restantes, que tenham baixo risco, estejam completamente livres dos ataques. Todas as empresas que passam pelo processo de digitalização estão expostas às ameaças cibernéticas, que podem comprometer a reputação, operação, faturamento e até a própria sobrevivência do negócio.

Proteção de Dados

O DPO (Data Protection Officer) do Ciesp, Marcos Andrade, que é o responsável pela cibersegurança da entidade, além de ser 1º diretor secretário, explica que com a LDPG (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) no Brasil, todas as empresas passaram a ter que fazer um esforço contínuo para preservar a segurança dos dados que detém, como o dos sócios, funcionários e dos clientes, por exemplo. De acordo com ele, o ponto mais frágil em geral tem sido às pessoas na utilização das novas tecnologias no dia a dia, que podem clicar em links falsos ou ceder dados como usuário e senha de suas contas, por exemplo. Andrade lembra que os cibercriminosos aprimoram cada dia mais seus conhecimentos e que e-mails falsos, por exemplo, estão mais sofisticados e difíceis de serem descobertos. Os clássicos erros de português, que facilitavam a identificação pelo usuário, já não têm ocorrido com tanta frequência.

Ele também alerta para a prática do ransomware, os ataques de sequestro digital dos quais grandes empresas têm sido vítimas e que podem inviabilizar desde a emissão de notas fiscais até a produção toda de uma fábrica.
“Se grandes empresas, que estão bem preparadas estão expostas a ataques, que dirão as pequenas. Às vezes você está tão preocupado com o produto, a produção, o marketing e acaba deixando de lado aspectos técnicos que também precisam de muita atenção. Esse é um trabalho de conscientização para que possamos nos proteger melhor. Os cibercriminosos são um ladrão a procura de uma janela aberta”, disse Andrade.

A gerente regional de Sorocaba, Eva Alexandra Corrêa Paulino, afirma que a indústria ganha muito com o Senai atuando também nessas vertentes, tanto de LGPD, quanto de cibersegurança. “Isso nos ajuda no trabalho de conscientizar e numa espécie de consultoria para alertar as empresas sobre riscos. Hoje fala-se bastante sobre cibersegurança e muitas vezes não entendemos a aplicação. O Senai consegue trazer isso e nos fazer vislumbrar de uma maneira mais prática”, afirma Eva.

A coordenadora regional do Ciesp em Bauru, Solange Costa Navarro, vai na mesma linha e avalia que os conhecimentos adquiridos foram válidos porque agregam no trabalho de conscientização junto às empresas. “Nós pensamos que sabemos, mas a partir do momento que você tem esse contato com especialistas e com esses cases de invasões e riscos, compreende ainda mais o contexto que vivemos. Hoje, em qualquer lugar todos estão expostos, tanto pessoas físicas, quanto pessoas jurídicas”, afirma Navarro.

Na opinião de Eliane Guerra, coordenadora regional do Ciesp de Marília, a experiência foi interessante e permite aos gerentes levar conhecimentos às regionais e aos empresários associados. “A escola apresenta recursos inovadores sobre cibersegurança.”

O Senai prepara treinamentos online gratuitos voltados para empresas para o mês de setembro. As informações serão divulgadas em breve pelos canais do Ciesp e do Senai-SP. Empresas interessadas no tema de cibersegurança podem participar de uma autoavaliação gratuita do Senai de São Caetano pelo link https://cyberscore.istic.io/

Assessoria de Imprensa CIESP