Semana do Empreendedor traz Wadi Georges Nussallah, da Cervejaria Germânia
- Atualizado emWadi Georges Nussallah foi o convidado do Núcleo de Jovens Empreendedores para contar a sua trajetória de vida, na segunda palestra da Semana do Empreendedor que teve início dia 6 de março, com a presença de Ricardo e Ana Paula Benassi. Os diretores Gilson Pichioli (Infraestrutura Logística), Sueli Muzaiel (Comunicação), Cida Gibrail (Responsabilidade Social) acompanharam o diretor do NJE Jundiaí, Vinícius Ribas, na palestra desta terça-feira, dia 7 de março.
O evento reuniu as equipes de robótica do SESI Campo Limpo Paulista e do SESI Jundiaí (Avangers) que apresentaram seus projetos premiados em torneios internacionais. Já os alunos do SENAI Jundiaí apresentaram soluções inovadoras para a indústria. Eles foram homenageados pelo CIESP Jundiaí pelas ideias e bom desempenho nos torneios, levando o nome de Jundiaí, do SESI e da indústria para os quatro cantos do mundo. “Nós ficamos encantados e inspirados com os trabalhos que vocês apresentam pelo nível altíssimo de inovação e novos insights. A cabeça do empresário, do empreendedor fica a mil por hora, todos os dias, buscando se diferenciar dos seus concorrentes”, destacou Vinícius ao homenagear os jovens.
Wadi Georges Nussallah é vendedor, empreendedor e um dos fundadores da Cervejaria Germânia, em 1991, na cidade de Vinhedo/SP, empresa associada ao CIESP Jundiaí. Mas, além de vendedor, Wadi se mostrou um bom contador de histórias. Ele contou histórias da sua trajetória empreendedora e os aprendizados que vieram com cada uma delas. “Não há como desvincular o empreendedorismo da minha história de vida. Empreender é uma doença que só a gente acredita. Nem esposa, nem filhos”, brincou, contando que é casado, tem dois filhos, e é empreendedor desde os 11 anos de idade, quando andava pelas ruas de São Paulo ajudando a mãe, que era mascate, a vender seus tecidos, roupas e armarinhos.
A história da água é desta época. “Apesar de criança, aprendi muito acompanhando minha mãe. Aprendi a ouvir, a ver e prestar atenção ao conversar com o cliente para descobrir seus sonhos, desejos e necessidades, sem ele ter que falar. Precisamos nos antecipar ao nosso cliente”, destacou.
Sua primeira empresa foi de venda de cafés, também pelas ruas e praças da região central de São Paulo. “Minha mãe já tinha uma loja, meu pai a fábrica/depósito de gelo e eu tinha que fazer alguma coisa. Então, tive a ideia de vender café. Contratava mulheres, dava a elas um avental e elas vendiam o copinho de café. E quem comprava o café, ganhava um cigarro”, contou, destacando que desta fase da vida, aprendeu a ter controle, a fazer café, mas infelizmente, descobriu também que as pessoas mentem e enganam e veio daí a necessidade de ser criativo.
Antes dos 18 anos, ele já estava com outro empreendimento. Desta vez, vendia sorvete. Comprou duas máquinas de picolés que, juntas, faziam 1.300 picolés/hora. “Não vendia nada. Aí comprei o Del Rey marrom, que na época era o carro mais moderno, e que foi a minha salvação: levava a molecada que vendia picolé dos concorrentes passear de carro para conhecer a minha fábrica e, desse relacionamento, passei a vender 30 mil picoles. Ganhava mais que meu pai, na época”, lembra.
A história do Chopp começou como distribuidor. “Fui distribuidor por 3 anos e em um ano planejamos a cervejaria que iniciou suas operações em 1991. Buscamos caminhos inovadores e, ao invés de enfrentar os grandes da cerveja, fomos para o ramo de chopp e montamos pontos de distribuição próprios, que fizeram toda a diferença nas vendas”, contou. Entre os aprendizados desta fase, Wadi citou a importância do cliente sempre vir em primeiro lugar e de liderar pelo exemplo. “Em sua trajetória empreendedora, você será traído, mas não pode se abater e temos que prestar atenção ao cliente, e sempre trazer soluções para eles”, explicou, trazendo um novo conselho importante “é preciso treinar para fazer sucessores”.
Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí