Reunião do COMEX traz novidades para o dia a dia das empresas que atuam no comércio internacional - CIESP Jundiai

Reunião do COMEX traz novidades para o dia a dia das empresas que atuam no comércio internacional

O CIESP Jundiaí, por meio do Departamento de Comércio Exterior, promoveu a reunião mensal que reuniu quase 100 profissionais, entre presenciais e remotos. Entre os temas debatidos, Gestão de Comex e Inteligência Artificial (IA), e esclarecimentos sobre Regras de Origem, Autocerficação e boas práticas.

Marcio Ribeiro Julio, diretor de Comércio Exterior, começou a reunião anunciando que este é o seu último ano à frente do departamento. “Estou no CIESP Jundiaí e participando deste departamento há 18 anos e este é meu último ano como diretor. A partir de 2026, Cileide, atual diretora adjunta, assume como diretora do departamento”, anunciou, contando um pouco da sua trajetória de mais de 30 anos na área. “Quero encerrar essa participação com um curso de formação na área, voltado para estudantes de comércio exterior e também para profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho neste segmento. Minha visão de mundo é que as coisas sempre acontecem para o melhor. E essa mudança também vem para melhor, eu acredito nisso e desejo isso para todos”, comentou.

Encontro reuniu grupo presencial e remoto

A diretora adjunta agradeceu a confiança, destacando o tempo em que atua ao lado de Marcio no CIESP Jundiaí. “Aprendi muito dessa dinâmica do nosso dia a dia da entidade e o nosso grupo é muito importante e reconhecido por outras regionais. Variamos temas e nos preocupamos em trazer atualizações de assuntos recorrentes que impactam o dia a dia do nosso segmento e o nosso trabalho, que é tão desafiador e dinâmico”, comentou.

Elton Monteiro é especialista em IA

Marcio reforçou que ao longo dos anos à frente do departamento, atualizou a dinâmica das reuniões para atender trazer valor para todos os participantes e isso fez com que aumentasse em participação dos profissionais. “Hoje nosso encontro traz informações e atualizações sobre legislação, sobre fretes e mercado de transporte internacional e um bloco específico para debater temas que podem implicar e facilitar o nosso dia a dia”, completou.

Inteligência Artificial

Elton Monteiro, founder da Talkey, apresentou informações sobre como a Inteligência Artificial pode facilitar o dia a dia, principalmente, das ativiades operacionais, deixando mais tempo para planejamento e outras questões. “Não sou da área de Comércio Exterior, mas tenho clientes que trazem demandas e vamos falar de alguns conceitos e práticas que as empresas podem levar para suas operações. Para as empresas, o maior ganho com Inteligência Artificial é o ganho em produtividade. Acredito que a IA é a nova energia elétrica e que, em breve, estará tão natural na nossa vida, conectada a tudo que nem vamos perceber”, anunciou.

O especialista acredita que até 2030, 70% das tarefas operacionais serão automatizadas com IA e Robotização. “As empresas vão atuar num ambiente de trabalho híbrido, com parte feito pelas pessoas e parte realizado pela IA”, defendeu, apresentando diversas ferramentas para além do mais conhecido e usado Chat GPT e cases na área de Comércio Exterior, como automação de captura e gestão de documentos, atendimento automático para clientes, classificação automática de produtos para DUIMP, consolidação inteligente de cargas, automação da leitura e análise das Notícias Siscomex e DOU.  Para baixar a apresentação de Elton Monteiro, clique aqui.

Regras de Origem

Débora é Head of Global Trade Compliance do DJA

Débora Cândido, Head of Global Trade Compliance do DJA, uma área que atua para otimizar operações de Global Trade & Tax com inteligência estratégica. A especialista falou sobre Acordo de Livre comércio, Regras de Origem, Declaração e Certificado de Origem e Novo Regime de Origem Mercosul (Autocertificação) e boas práticas. “Os acordos de livre comércio têm a inteção de ampliar a inserção do Brasil no comércio internacional, aumentar a produtividade e a competitividade da economia brasileira, garantir a sustentabilidade do crescimento econômico”, explicou Débora, reforçando que as regras de origem preferenciais atuam como exigências produtivas para que as mercadorias sejam consideradas originárias. “Este tema é pouco abordado, mas tem peso relevante para a competitividade aduaneira e parceiros comerciais”, destacou.

A especialista também falou sobre Autocertificação de Origem é um modelo híbrido de certificação entre o Certificado de Origem e a Declaração de Origem (autodeclaração). O sistema de Autocertificação de Origem para acordos comerciais está em vigor desde o dia 1º de março de 2025 e o novo sistema permite que os produtores e exportadores brasileiros possam utilizar o sistema de autocertificação para cumprimento das regras de origem estabelecidas nos acordos que o Brasil é signatário com outros países. “As mudanças são significativas demonstrando o avanço da facilitação aos exportadores, contudo, é primordial o conhecimento das regras de origem para a correta aplicação”, explicou.

Débora abordou ainda sobre os programas comerciais no Programa OEA e alertou para as boas práticas, como manter atualizado o banco de dados dos produtos (próprios ou terceiros), cadastrar a Declaração de Origem nas entidades certificadoras, manter arquivo de documentação comprobatória do processo de origem durante ano corrente (+ 5 anos)​, entre outras práticas. Para baixar a apresentação completa de Débora, clique aqui.

Atualização da Legislação, não foi apresentada, por conta do adiantado da reunião, mas é possível baixar a apresentação, clicando aqui.

Ao final da reunião, Cileide David trouxe informações sobre o seminário sobre OEA que ela participou, recentemente. “Foi um evento muito interessante, com a participação de entidades e órgãos anuentes, como ANAC, ANVISA, MAPA e Receita Federal. Lá foram abordadas acordos de reconhecimento mútuo. Participei do painel que falou dos benefícios do Programa OEA. O fórum consultivo fez uma pesquisa com as empresas OEA e mapearam os benefícios que não estão sendo atendidos, na visão da empresa”, explicou Cileide, reforçando que há pontos de contato que respondem rápido e com assertividade e outros nem tanto.

Cileide destacou ainda que outros temas foram levantados como o pedido de saída de 5 empresas do OEA Segurança, alegando que aumentou o número de requisitos, o que demanda mais trabalho, mais pessoal para atender as demandas. “Uma sugestão que dei foi que eles utilizem a Academia OEA para esclarecer as dúvidas das empresas que podem ser comum a todas e, diante disso, a Receita Federal se comprometeu a divulgar os estudos que eles têm sobre as rotas mais perigosas para que as empresas também tenham esse conhecimento para se programar”, completou. “Foi muito bom participar, foi importante para levar as informações e as demandas diretamente para os órgãos responsáveis, então, isso foi bem positivo.

Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí