Reunião do Comex reúne quase 120 pessoas on-line
- Atualizado emO CIESP Jundiaí, por meio do Departamento de Comércio Exterior, promoveu a Reunião do Comex, encontro que reúne profissionais das empresas de Jundiaí e Região, que nesta quarta-feira (17) reuniu quase 120 pessoas, sob a coordenação do diretor de Comércio Exterior, Marcio Julio, e da diretora adjunta, Cileide David.
Entre os temas, a Consulta Pública OEA, atualização da legislação do período e atualização e perspectivas no Transporte Internacional Aéreo e Marítimo, este último assunto com participação dos especialistas Giovanni Grassi e Luiza Freire, da Ceva Logistics.
O dr. Diego Joaquim, advogado aduaneiro, apresentou a atualização da legislação do período de abril a 16 de maio, com alterações e reduções tarifárias, medidas de defesa comercial além das leis e normas publicadas no período que compreende a penúltima reunião, promovida em abril e esta. “A Portaria da RFB nº 319, publicada ontem, sobre transparência ativa. Ela passará a divulgar informações sobre os benefícios, imunidades e regimes especiais, indicando os beneficiários com CNPJ, a Razão Social, para alguns casos o valor dos incentivos, o CNAE. Esta é uma novidade que foi publicada ontem”, comentou. A íntegra da Portaria está disponível no link
O diretor de Comércio Exterior, Marcio Ribeiro Julio, anunciou que a próxima reunião, no dia 21 de junho, no formato presencial, com confraternização entre os profissionais. “Nós sabemos que a reunião online é mais prática e conseguimos agregar um número maior de pessoas, mas vamos nos reunir presencialmente, primeiro para nos encontrarmos e, segundo para que possamos promover uma confraternização do semestre: não acredito que devemos fazer presenciais todos os meses, mas queria propor realizarmos algumas presenciais”, ponderou.
Marcio levantou também a questão de comércio com a Argentina. “Alguns exportadores estão demonstrando uma preocupação muito grande de trocas com a Argentina: muitas dúvidas de como proceder, as pendências de pagamento e exportações correntes. Estou, pessoalmente, monitorando tudo isso e vou apresentar, na próxima reunião um compilado de informações a respeito do processo atual de pagamento com os nossos vizinhos argentinos”, anunciou.
O diretor do Núcleo de Jovens Empreendedores, Vinícius Ribas, também participou da reunião e aproveitou a oportunidade para divulgar o encontro do NJE, que vai se realizar nesta quinta-feira, de modo online também, a partir das 8h30. “Nos reunimos mensalmente e vamos ter um encontro que vai debater logística, com a participação do Maurício Fabri, CEO da Rantec, uma empresa de tecnologia em processos logísticos. Ele criou o conceito Torre de Controle. Amanhã ele vai apresentar este conceito pra gente e de que forma ele impacta o dia a dia das nossas empresas”, anunciou, convidando todos para participar. Para se inscrever e ter acesso à sala de videoconferência, clique aqui.
Transporte Marítimo e Aéreo
Os especialistas da Ceva Logistics, Giovanni Grassi e Luiza Freire, trouxeram informações atualizadas sobre o Transporte Internacional Aéreo e Marítimo. De acordo com Giovanni, o grande desafio do transporte marítimo é resolver o impasse de lidar com uma expectativa de crescimento de demanda muito baixa para os próximos anos, crescendo na casa de 1% a 2%, contra uma nova capacidade adicional de 8,2% a 8,9% nos próximos anos. “É uma indústria bastante concentrada e deve permanecer assim nos próximos anos, mas o desequilíbrio na oferta e demanda tem potencial de prejudicar muito a indústria e quero apresentar o que os armadores estão fazendo para mitigar essa diferença entre oferta e demanda: diminuir a velocidade dos navios, destruir a capacidade obsoleta, atrasar a chegada dos novos navios e deixar a frota parada”, elencou.
Giovanni anunciou ainda que em termos operacionais, é uma indústria que está voltando à normalidade. “Entre maio e junho, já prevemos ver a indústria basicamente normalizada em confiabilidade com menos atrasos. Na América Latina, o índice de confiabilidade está muito alto, acima de níveis pré-pandêmicos. Estamos ainda analisando os meses de março, dados com um pouco de atraso, mas já é possível dizer que não temos nenhum ponto crítico de operação”, explicou, alertando para o retorno das cargas aos seus terminais de origem. “75% das importações e 79% das exportações do país são movimentadas nos principais terminais”, concluiu.
Marcio avaliou que este tipo de informação é importante para que as empresas, como um todo, entendam como funciona a cadeia logística. “Debater sobre isso nos dá bagagem para falar com as nossas empresas e integrar a cadeia logística. É importante que a empresa toda entenda o que está acontecendo para ajudar na tomada de melhores decisões”, comentou.
Luiza Freire, da Ceva Logistics, abordou as perspectivas do transporte internacional aéreo, do mês de abril com relação com meses anteriores. “A partir da avaliação do PMI (Índice Índice de Gerentes de Compras – PMI, na sigla em inglês) que influencia diretamente a demanda por carga aérea, estes índices que medem a atividade econômica dos países: o da China, fechou em 49,5% e o dos Estados Unidos e Europa, fecharam com crescimento tímido, mostrando um desempenho fraco: a pior perfomance desde maio de 2020”, elencou.
O mercado global aéreo, segundo Luiza, teve uma queda nas tarifas, em média 36% abaixo dos mesmos níveis do ano passado, mas acima dos níveis de pré-pandemia. “Com relação à capacidade, todas as regiões do mundo estão com capacidade positiva”, destacou, sinalizando que o preço dos combustíveis está se normalizando, prevendo queda a partir de 2024. “O primeiro quadrimestre de 2023, registramos movimentação 11% abaixo do período do ano passado, com cargas menores, por conta da força do e-commerce, os produtos pharma e alimentos liderando os tipos de carga e os produtos pharma seguem numa crescente positiva”, explicou, destacando que 5% das cargas de pharma precisam de temperaturas controladas.
Consulta Pública – OEA
A diretora adjunta, Cileide David, e o advogado aduaneiro, Dr. Diego Joaquim, analisaram os pontos da Consulta Pública OEA. Cileide explicou que o Programa Brasileiro de OEA é permanentemente submetido a revisões e aperfeiçoamento, seja para buscar pleno alinhamento com as diretrizes da Organização Mundial de Aduanas e atender compromissos internacionais firmados pelo Brasil, seja para se manter relevante no cenário global e atraente para os operadores nacionais. Com esse alvo em mente, a RFB convida os operadores a participar do processo de aprimoramento da legislação do Programa OEA por meio de Consulta Pública para atualização dos seguintes atos normativos: Instrução Normativa RFB 1985/2022 e Portaria Coana 77/2020.
“A Receita Federal está buscando simplificação dos procedimentos, consolidação dos requisitos, harmonização do nosso programa com o Safe e o CTPAT: fiquem atentos porque tem muitas mudanças”, alertou Cileide. “O OEA quer garantir a segurança da cadeia logistica e agora vão incluir o agente marítimo como passível de certificação. A Instrução traz também um rearranjo e a implificação na forma dos requisitos e alterações no rito de exclusão: outro potno para ficar atento também”, anunciou, lembrando que a partir de 1º de julho, vão começar a exigir os novos requisitos. Para acessar o link da Consulta Pública, clique aqui.
Para baixar a apresentação sobre OEA, clique aqui.
Para baixar a apresentação de Transporte Marítimo, clique aqui
Para baixar a apresentação de Transporte Aéreo, clique aqui.
Para baixar a atualização da Legislação, clique aqui.
Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí