OPINIÃO – As pequenas gigantes do Brasil e do mundo
- Atualizado emConforme estimativa contida em recente relatório da ONU, a economia mundial precisará criar 600 milhões de empregos até 2030 para absorver o crescimento populacional. Para isso, as micro, pequenas e médias empresas são um fator-chave, pois respondem globalmente por 70% das vagas formais.
A situação não é diferente na indústria paulista, na qual 66% são microempresas, 26,1%, pequenas e 6,4%, médias. Defendemos seu fomento no documento Diretrizes Prioritárias Governo Federal 2023-2026, no qual a FIESP e o CIESP formulam as bases de uma política industrial para o Brasil. Um dos itens é a criação de instrumentos de fortalecimento das indústrias de menor porte.
As duas entidades também acabam de realizar seminário com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), discutindo o financiamento para o desenvolvimento e inovação das pequenas e médias indústrias. Firmamos convênio de cooperação, priorizando linhas de empréstimos e rodadas de crédito.
Realizamos, ainda, a Jornada de Transformação Digital, maior programa do gênero no País. Mais de 10 mil empresas participam. As que têm faturamento anual de até R$ 8 milhões recebem, gratuitamente, consultorias e treinamentos do Senai-SP e Sebrae-SP. O projeto, como demonstrado na prática, aumenta a produtividade em até 40%.
As pequenas gigantes da indústria e de todos os setores merecem máximo apoio, pois são cada vez mais fundamentais para responder às transformações do Brasil e do mundo e contribuir para a inclusão, diversidade e construção de uma sociedade mais próspera e democrática.
*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).