Fórum reúne líderes empresariais e especialistas para debater ESG e os desafios na cadeia de suprimentos - CIESP Jundiai

Fórum reúne líderes empresariais e especialistas para debater ESG e os desafios na cadeia de suprimentos

O CIESP Jundiaí promoveu nesta quarta-feira (28) o Fórum ESG – Tendências e Desafios na Cadeia de Suprimentos. O encontro que reuniu líderes empresariais e especialistas para discutir as melhores práticas e os desafios na implementação de estratégias de sustentabilidade, responsabilidade social e governança (ESG) na cadeia de suprimentos, foi organizado em conjunto com as entidades ESG Conect Lab, Grupo Anchieta, SEBRAE, SENAC, SESI e SENAI.

O evento teve início às 8h30 com a participação do diretor titular do CIESP Jundiaí, Marcelo Cereser, que destacou a importância do tema para a competitividade e sustentabilidade das empresas da região, após dar boas-vindas a todos os presentes. “Debater o ESG é algo muito importante para que as nossas empresas consigam alcançar o desenvolvimento sustentável: os temas que serão discutidos aqui hoje estão na pauta do dia das indústrias e das empresas de toda a região e por isso, nos organizamos com as entidades parceiras para promover este evento. A casa da indústria estará sempre de portas abertas para o debate e levar informação e conhecimento para as pessoas. Que seja um dia proveitoso para todos nós”, destacou.  Além de Marcelo, os diretores Cida Gibrail (Responsabilidade Social), Vania Mazzoni (Recursos Humanos), Sueli Muzaiel (Comunicação), Gilson Pichioli (Infraestrutura Logística), Fernando Nabas (Infraestrutura Energia Elétrica) e Marcelo Souza (Meio Ambiente) também prestigiaram o evento que foi até às 17h.

Polimix, Fareva e Thyssenkrupp: preocupação com a pegada de carbono

A Palestra Magna foi conduzida por Sheila Vieira, Diretora do Grupo Boticário, que abordou as principais tendências e desafios na cadeia de suprimentos, enfatizando a necessidade de uma abordagem integrada que considere não apenas a eficiência operacional, mas também o impacto ambiental e social das operações. “Nossa essência está voltada para a beleza e o nosso grande propósito está em criar o melhor e maior ecossistema de beleza para o mundo e para isso precisamos de pessoas. Não fazemos nada sozinhos: temos uma equipe que trabalha focada no desenvolvimento da nossa cadeia de fornecedores”, explicou. “Nós criamos o grupo PADP (Programa de Avaliação e Desenvolvimento de Parceiros) e com esse programa nós definimos as diretrizes, alinhamos as expectativas do que nós desejamos para a nossa cadeia de abastecimento”, completou, reforçando que a avaliação dos fornecedores envolve 60 áreas da empresa. “Promovemos um encontro de parceiros, o nosso ‘oscar’ para celebrar e reconhecer aqueles que têm melhor performance. Em 27 anos, mais de mil prêmios foram distribuídos o que impacta positivamente para o parceiro e para a empresa, uma relação equilibrada de crescimento para os dois lados”, destacou.

O evento continuou com uma série de painéis temáticos, iniciando com o Painel “E” (Environment – Meio Ambiente) que foi moderado por Vanessa Guedes, do SENAI-SP. Este painel trouxe exemplos concretos de iniciativas de sucesso. Amadeu Crodelino CEO da Thyssenkrupp apresentou como a empresa vem promovendo a redução das emissões de carbono; Lúcio Xavier, da Fareva, também abordou a gestão dos resíduos da empresa e Thomas Paiyne, da Polimix Ambiental, trouxe seu case de sucesso em economia circular com a logística reversa de pneus inservíveis. “A Krupp monitora dados com metas de melhoria constante. Este ano, estamos implantando um plano de mitigação da pegada de carbono com reduação de toda a cadeia e não apenas em nossa fábrica. Nossas fábricas estão se tornando mais eficientes, nossas operações mais limpas e nossos produtos mais sustentáveis”, destacou.

O Painel “S” (Social) moderado por Alexandra Miamoto, do SESI-SP, focou nas dimensões sociais da sustentabilidade. Jucilene Carmo, da Foxconn; Driellen França da Roca;  e Simone Lazarotti, da Bollhoff Brasil apresentaram seus projetos de inclusão e diversidade, programas de desenvolvimento profissional, e iniciativas de responsabilidade social corporativa, respectivamente. “Na Rocca, acreditamos que quando damos espaço para o desenvolvimento dos colaboradores, melhoramos a sua jornada. Lá todos passam pela Trilha do Desenvolvimento, nós criamos o Plano de Desenvolvimento Individual e tenho muito orgulho de dizer que somos apontados como um lugar incrível para se trabalhar”, comentou Driellen.

Marcelo Souza defendeu a economia circular como uma necessidade

O Painel “G” (Governança) moderado por Marcos Ramos do Sebrae-SP, destacou a governança nas práticas empresariais. Amanda Araújo da Fini, compartilhou suas práticas de governança; enquanto Renan Ferezin, da Dexco abordou a gestão de riscos e, por fim, Alexandre Terisi, da Wise Plásticos destacou a importância das cooperativas na cadeia de suprimentos. “A nossa jornada é transformar resíduos em novos produtos e nossos maiores desafios estão na cadeia de reciclagem pela informalidade, evasão fiscal, exploração financeira, trabalho em condições degradantes, grande número de intermediários e, principalmente, a não valorização do primeiro elo da cadeia, que é o catador. Apesar de nosso painel estar em governança, nosso Programa de Desenvolvimento de Fornecedores impacta diretamente o Social”, defendeu Alexandre.

Para baixar as apresentações e as fotos, acesse este link: Drive CIESP Jundiaí

No período da tarde, o Fórum retomou com uma palestra de Marcelo Souza, CEO da Indústria Fox Economia Circular e diretor de Meio Ambiente do CIESP Jundiaí,  com o tema “Compromisso com um futuro sustentável”. Marcelo é especialista em Economia Circular e sua palestra inspirou os participantes com sua visão de inovação e  da sustentabilidade no futuro dos negócios. Ele começou falando sobre as revoluções industriais até chegar à Indústria 4.0, considerada a 4ª Revolução Industrial, apresentou as diferenças entre economia linear e circular e provocou a plateia ao anunciar que as coisas não duram mais como antigamente, levando ao conceito de obsolescência programada. “A economia linear extrai, fabrica, usa e descarta. A economia circular extrai, fabrica, recicla, repara, usa, retorna, reutiliza quantas vezes forem possíveis”, compartou, alertando para a necessidade de mudança. “A economia circular foi criada é fruto do aumento da percepção sistêmica da realidade do mundo. Ela mostra a evolução do pensamento e mais que isso ela é um modelo econômico. Podemos dizer que é a economia da escassez que propõe viver com o que se tem”, alertou, desafiando os participantes a quantificar o lixo gerado pela casa em uma semana e depois tentar zerar esse lixo.

A tarde ainda foi marcada por uma mesa redonda que explorou as soluções em ESG e seus impactos positivos na cadeia de suprimentos, moderada pelo ESG Connect Lab da Unianchieta-SP, com a participação de representantes de Leene Marques, do Instituto Desenvolver, Andressa Borba, da Leroy Merlin e Marcelo Spaziani, do Dux Grupo.

Os participantes tiveram ainda a oportunidade de escolher entre três workshops práticos para aprofundar seus conhecimentos. Os workshops abordaram temas como empreendedorismo sustentável (facilitado pelo SENAC, com Helena Pedrosa), desenvolvimento de cadeias de suprimentos sustentáveis (facilitado pelo Sebrae-SP, com Marcelo Paranzini) e inovação social e inclusão (facilitado pelo SESI-SP com Yagho Avanzi).

Após o encerramento no auditório, o hall estava preparado para exposição e networking, com a participação das instituições SENAI, SESI, SENAC, Sebrae e Grape Valley. Durante todo o dia, ficou claro o compromisso das empresas da região em promover práticas sustentáveis e socialmente responsáveis, reafirmando a importância da colaboração e do compartilhamento de conhecimentos para enfrentar os desafios da cadeia de suprimentos em um mundo cada vez mais focado em ESG.

 

Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí