Experiência do Consumidor e propósito para engajar colaboradores foram destaques em Congresso promovido pelo Núcleo de Jovens Empreendedores do Ciesp - CIESP Jundiai

Experiência do Consumidor e propósito para engajar colaboradores foram destaques em Congresso promovido pelo Núcleo de Jovens Empreendedores do Ciesp

Empresas líderes em Experiência do Consumidor têm um Retorno de Investimento (ROI) mais alto, alcançando a marca de até 307,3% em relação ao volume de vendas. O dado é da pesquisa da HAV WPP e foi citado pela CEO da empresa Market Data, Fábia Juliasz, durante o 8º Congresso Estadual de Empreendedorismo realizado pelo Núcleo de Jovens Empreendedores do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta última segunda (11). O congresso, que foi presencial e aconteceu em São Paulo, recebeu cerca de 170 lideranças empresariais.

Durante a apresentação “Empreendedorismo Data-Driven: O Poder dos Dados na Tomada de Decisão de Negócios”, a CEO explicou que 40% dos consumidores valorizam mais a promessa da marca, enquanto a maioria, 60%, priorizam o “customer experience” ou experiência do cliente. Fábia chamou a atenção para a importância de as empresas conhecerem o consumidor, especialmente por meio de pesquisas. Ela destacou que hoje, entre a população mais jovem, por exemplo, há uma tendência de consumo aos produtos sustentáveis, com pegada positiva de carbono.
Ela explicou ainda que até pouco tempo atrás, as empresas conheciam melhor o consumidor pelo contato presencial e por telefone. Mas que com a digitalização em massa durante a pandemia, o “balcão de atendimento” passou a ser os sites, aplicativos ou as conversas pelo WhatsApp. “As empresas bem sucedidas são aquelas que conhecem o seu consumidor ou que fazem um investimento para conhecer o consumidor e a sua jornada de consumo porque em cada fase da vida, o consumidor demanda um tipo de produto”, afirmou Fábia.

Cerca de 170 lideranças empresariais de todo o estado participaram do evento, que aconteceu em São Paulo

Na mesma linha, pela manhã, o presidente do Ciesp, Rafael Cervone, fez a palestra de abertura do evento na qual falou sobre as Macrotendências Mundiais até 2040. Um dos temas abordados por ele foi justamente o olhar atento ao perfil do consumidor. Segundo Rafael, a customização e a interação online consumidor/empresa são tendências no mundo todo hoje. Ele também chamou a atenção para o crescimento do e-commerce, com uma mudança disruptiva no comportamento do consumidor impulsionada pela pandemia de covid-19, além do uso do metaverso, do compartilhamento de dados pessoais e da valorização da diversidade e representatividade.

Por fim, Cervone destacou os novos modelos de negócio inspirados nas gerações Millenial e Z, que trazem novos formatos como o do consumo colaborativo. “Em vez de comprar um produto para possuí-lo individualmente, as pessoas estão cada vez mais dispostas a compartilhar bens e serviços. A valorização do ’usar’ ao invés do ‘ter’ nos traz novos modelos de negócio”, disse Cervone.

Recursos Humanos

Já no tema trabalho e qualificação, Rafael Cervone destacou a grande demanda por serviços de TI e a concorrência internacional por mão-de-obra qualificada. De acordo com ele, a flexibilidade das relações de emprego, a intensificação do trabalho remoto ou híbrido e a diversidade no mercado de trabalho são tendências, bem como o crescimento do empreendedorismo.

O CIESP Jundiaí promoveu uma caravana para levar empreendedores da região para o congresso em SP

O CEO da empresa The One, Pedro Stivalli, afirmou que 79% dos funcionários não gostam de trabalhar nas empresas onde estão hoje. Ele defende que as empresas tenham propósito e que transmitam com mais clareza a Missão, a Visão e os Valores. “A visão tem de ser clara, mensurável e inteligível”, disse Stivalli. Para ele, as empresas devem criar um ambiente diferenciado de trabalho para seus colaboradores, com a disseminação, em cascata, da cultura da humanização e da empatia.

Na sequência, a diretora da Heineken, Luísa Faria, falou sobre o tema da “Felicidade como Estratégia na Indústria”. Em maio do ano passado, o grupo Heineken criou uma “Diretoria de Felicidade”, com o intuito de medir e melhorar a felicidade dos seus 14 mil colaboradores. A cada 15 dias são aplicadas pesquisas para todos os colaboradores e são oferecidos treinamentos para as lideranças estimularem melhorias no ambiente de trabalho, ações voltadas à saúde mental e ao estilo de vida equilibrado. “A gente implementou primeiro uma pesquisa de bem-estar. Depois entendemos que estávamos evoluindo e passamos a trabalhar a pesquisa sobre a felicidade. Usamos a pesquisa porque ela começa trazer dados e conversas, vai te forçar a falar com o seu time sobre isso. O caminho que a gente usou, e que eu acredito que funcione, foi o de começar por uma pesquisa”, disse Luísa.

O último palestrante, Conrado Adolpho, CEO da Webliv, falou sobre ter que “ganhar o coração do colaborador” e lembrou que somente com dados é possível dar feedbacks mais precisos. Segundo ele, o Brasil normalmente não tem processos claros e bem estabelecidos de trabalho como a Alemanha, o Japão, a Coreia do Sul e os EUA, o que resulta em um engajamento baixo dos colabores e em um problema cultural para as empresas. Ele ainda defendeu o uso da tecnologia, como a mensageria via WhatsApp e da Inteligência Artificial, para que as empresas possam trabalhar melhor seus indicadores. “Você tem de ter indicadores para tomar as melhores decisões”, disse Conrado.

O diretor titular do NJE-Ciesp, Luciano Micheletto, comemorou o resultado. Este foi o primeiro congresso na sede do Ciesp, em São Paulo, depois da pandemia de covid-19. “Os assuntos foram variados e a impressão que tínhamos era a de que todos estavam muito conectados”, disse Micheletto.

Fonte: Assessoria de Imprensa do CIESP.