Especialista orienta como equilibrar a vida profissional e a maternidade sem culpa - CIESP Jundiai

Especialista orienta como equilibrar a vida profissional e a maternidade sem culpa

“Falar das nossas emoções é muito importante para entendermos nossos comportamentos, nossos pensamentos e sentimentos. Quando nos tornamos mães, revivemos o relacionamento que tivemos com nossas mães, por isso é importante falar sobre emoção, quando falamos de culpa”, foi assim que Mônica Cereser, especialista em Psiquiatria e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, começou a sua palestra na manhã desta quinta-feira (21) pra falar sobre como equilibrar a vida profissional e a maternidade sem culpa.

Mônica, à direita, trouxe luz aos dilemas das mães que trabalham

Mônica foi categórica ao falar da relação das mães com os filhos. “Quando a gente superprotege nossos filhos eles se tornam dependentes. Precisamos falar de emoções para que consigamos nos autoregular. As nossas emoções definem a nossa forma de agir. Ela é a base do pensar, sentir e agir, por isso é tão importante falar sobre nossas emoções, como nos sentimos diante de uma situação e o que esse sentimento nos remete”, orienta.

De acordo com Mônica, as mães precisam lidar com sua criança interna, que todos nós temos. “Precisamos aprender a lidar com nossa criança interna para que não descontemos em nossos filhos as nossas frustrações, precisamos encorajar nossos filhos”, alerta.

De onde vem a culpa?

Mônica explicou que a culpa vem, muitas vezes, de darmos ouvido aos outros. “A culpa pode vir de muitas maneiras. Quando damos ouvidos aos outros, quando nos comparamos com outras mães, quando não escutamos nossas vivências, quando ouvimos muito o que dizem: muitas vezes as pessoas, de forma insconciente ou não, ao invés de acolher e apoiar, preferem diminuir a sua experiência, a sua intuição e passam a julgar, criticar, deixando-a ainda mais insegura e infeliz”, destaca.

Ela falou também sobre os três níveis de culpa: o medo de falhar, o medo de julgamentos e o medo dos erros reais. “Temos medo de falhar, de nos frutas e de faltar quando nossos filhos precisam. Temos medo de não corresponder às expectativas dos outros, medo de ser criticada e também de perder a paciência e não dar conta de tudo. Lembre-se, se você abre a porta para o outro te criticar, é porque você não tem certeza do que está fazendo: daí a importância de entender suas emoções e controlá-las”, garante.

Mônica propôs diversos exercícios práticos para que as mães pudessem se autoavaliar e entender, por exemplo, os percentuais de atenção dos diversos papeis que as mulheres desempenham no dia: mãe, mulher, esposa, profissional, amiga. “O sentimento de culpa vem da má distribuição do tempo: aproveite este exercício para ampliar a sua consciência sobre quem você é”, aconselha.

Para rever as informações, clique aqui e baixe a apresentação de Mônica Cereser.

Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí