Empresas precisam encarar a área de sustentabilidade como oportunidade de negócio
- Atualizado emO Departamento de Meio Ambiente do CIESP Jundiaí promoveu, na quarta-feira, dia 27 de abril, mais um encontro com profissionais de Jundiaí e Região. Quase 40 pessoas participaram do webinar que contou com a presença do diretor de Meio Ambiente, Marcelo Souza, e a palestra de Thales Henrique de Oliveira, Business Sustainability Leader da empresa Dow Chemical. A diretora de Comunicação do CIESP Jundiaí, Suely Muzaiel, também participou do encontro.
Marcelo Souza comentou que o CIESP Jundiaí vem promovendo uma agenda frequente de assuntos relacionados ao Meio Ambiente. “Estamos trabalhando para ampliar a mente dos empresários e também dos profissionais que atuam na área de Meio Ambiente e Sustentabilidade das empresas para que não se atenham somente em atender à legislação, mas enxerguem além. Hoje é uma tendência e estas áreas ganham grande relevância no mundo dos negócios e as empresas precisam se apropriar disso”, comentou. “Há muitas alternativas para investir nesta área, a Economia Circular é uma delas e o Net Zero, que hoje é tema deste encontro”, completou.
Nos últimos anos, o palestrante foi foi responsável pela implementação de projetos socioambientais focados em reciclagem de bens duráveis, como a campanha ReUse da Dow em parceria com o Instituto Akatu. Outro importante foco é o trabalho para viabilizar a transição da indústria de poliuretanos para uma economia net-zero até 2050. “A Dow está pensando à frente e se estruturando para atender às metas traçadas”, comentou. “O tema sustentabilidade é uma tendência para a indústria. Sempre fui da área comercial e de marketing, e hoje estou na área de sustentabilidade, trabalhando com carbono e circularidade”, explicou. “Estamos vivendo um desafio sistêmico que não pode ser resolvido por uma única empresa. Temos que tratar o tema como uma jornada que envolva muitos atores, mas este é o momento de maior destaque para este tema”, defendeu.
Thales apresentou o contexto das mudanças climáticas e seus efeitos catastróficos como a elevação do nível do mar, aquecimento dos oceanos e derretimento das calotas polares. Ele comentou também sobre o Carbon Budget, que mede a emissão de CO2 emitida desde que começou a era industrial. “E como tudo isso afeta os nossos negócios? A importância de acordos intergovernamentais que provocam mudanças estruturais nas indústrias para que elas possam atingir as metas propostas. Outras importantes influências que os negócios sobrem é com relação aos clientes, cada vez mais exigentes, e o ESG”, alertou.
O especialista apontou ainda três áreas desafiadoras para a redução da emissão de carbono: energia, transporte e matéria prima. “Para a energia, é preciso viabilizar a transição para fontes renováveis ou de baixo carbono e o Brasil tem alternativas interessantes nesta área. Na área de transportes, a eletrificação das frotas urbanas e o uso de biocombustíveis são realidades mais distantes e que vão demandar um tempo maior para serem implantadas, mas o que as empresas podem fazer agora é otimizar os processos de logística para a redução da emissão de CO2 para a atmosfera. Já na área de matérias primas e descarte, a inovação dos processos, a transição energética, o uso do hidrogênio e da biomassa e a circularidade dos produtos é o caminho”, elencou.
O diretor Marcelo Souza ficou impressionado em como a Dow já está se preparando para as mudanças para estar pronta em 2050. “Pelo CIESP, temos a missão de trabalhar as mentes dos empresários que esta é uma tendência, não tem mais pra onde correr. O que vai acontecer nos próximos anos? Atualmente, a Europa está implantando regras de circularidade. E quando chegar ao Brasil, estaremos preparados?”, questionou. “O que as empresas podem começar a fazer? Criar um departamento de Sustentabilidade que comece a olhar para estas questões como oportunidades de negócio e não apenas como custo”, aconselhou.
Cíntia Souza – Assessoria de Comunicação – CIESP Jundiaí