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19/02/2023 – Em reunião com os Conselhos Superiores da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na manhã desta segunda-feira (19), na capital paulista, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após defender a descarbonização da economia, recebeu sugestão para que seja instituída uma política específica para metais raros no Brasil. A proposta foi apresentada pelo primeiro vice-presidente da entidade, Rafael Cervone, que também é presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Geraldo Alckmin e Rafael Cervone Os chamados “metais de terras raras” ou, simplesmente, “terras raras” são um grupo de elementos químicos de difícil extração. Possuem propriedades magnéticas, luminescentes e elétricas únicas e são utilizados na indústria de alta tecnologia e de transição energética para a produção de supercondutores, turbinas eólicas, painéis solares, celulares e projetos de nanotecnologia, por exemplo. Esse tipo de metal é considerado essencial para o avanço da “tecnologia verde” e desempenha papel fundamental na transição dos combustíveis fósseis. Na reunião, Alckmin defendeu a redução do “custo Brasil”, destacou a importância da reforma tributária e fez um balanço do trabalho desenvolvido pelo Governo Federal em várias frentes de interesse da indústria. Ressaltou, dentre outros fatores, a preocupação com o efeito estufa, decorrente em grande parte das emissões de carbono. “O desafio é substituí-lo, mas pelo quê? Vamos usar o lítio, porque o Brasil é campeão em minerais estratégicos. Temos petróleo, gás, nióbio, ferro, ouro, manganês e zinco. Vamos trocar [fontes que emitem carbono] pelo etanol, pelo biogás e pelo biometano. São inúmeras as alternativas”, frisou. O vice-presidente ressaltou que o Brasil tem hoje compromisso com a descarbonização e que esta é uma “questão central”. Ele, que também é médico, lembrou que a pauta ambiental relaciona-se com questões demográficas. Afinal, doenças pulmonares estão entre as líderes de causas de mortalidade no País, com números que se aproximam das moléstias cardíacas e dos casos de câncer. A sugestão da Fiesp foi apresentada por Cervone após a fala de Alckmin. O primeiro vice-presidente da entidade lembrou que o Brasil, apesar de se incluir entre os líderes globais em termos de reservas de metais raros, ocupa apenas o nono posto no ranking das nações que os produzem. “Precisamos de uma política de Estado de longo prazo nessa área. O futuro do País passa pelas tecnologias disruptivas, onde os metais raros terão papel preponderante”, ponderou. O Brasil é dono da segunda maior reserva mundial, atrás apenas da China, que domina a cadeia produtiva.