O pagamento do décimo terceiro salário aos trabalhadores da indústria de transformação do Alto Tietê deve injetar cerca de R$ 207 milhões na economia regional nas próximas semanas. Esse volume de recursos reforça, de forma concreta, a relevância do setor industrial como motor de desenvolvimento econômico e social em nossos municípios.
Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) analisados pelo CIESP Alto Tietê, mais de 79 mil trabalhadores do setor receberão o benefício, distribuídos nos oito municípios que compõem a regional. Esta é uma demonstração clara da dimensão da indústria de transformação, que reúne algumas das melhores remunerações da região, com média salarial de R$ 2,6 mil, e que responde por cerca de 25% de toda a força de trabalho do Alto Tietê. Entre os segmentos fabris, metalurgia, automotivo, papel e celulose, borracha e plástico seguem liderando o volume de empregos formais.
O décimo terceiro salário não é apenas um estímulo ao consumo de fim de ano com as compras de Natal, Ano Novo e as férias escolares, mas um instrumento estratégico para a estabilidade econômica das famílias e dos negócios locais. Ao longo do ano, as indústrias se preparam para esse compromisso financeiro, contribuindo para o equilíbrio do caixa e para a circulação de recursos que beneficiam comércio, serviços e toda a cadeia produtiva. Esse movimento fortalece o território, reduz desigualdades e cria condições para que novos investimentos aconteçam.
O Alto Tietê abriga mais de duas mil indústrias de transformação, que vão desde pequenos empreendimentos até grandes multinacionais. Essa diversidade produtiva mostra nossa capacidade de inovação, geração de oportunidades e resiliência econômica.
Valorizar a indústria é reconhecer seu papel essencial na construção de uma região mais próspera, competitiva e preparada para os desafios do futuro. É essa visão que nos guia diariamente para apoiar as indústrias e atrair novos investimentos.
José Francisco Caseiro é diretor regional do CIESP Alto Tietê