Ministério Público quer brigada permanente do Ibama para combater queimadas no Pantanal - Taubaté

Ministério Público quer brigada permanente do Ibama para combater queimadas no Pantanal

Bombeiros tentam combater incêndios no Pantanal em junho de 2024

Bombeiros tentam combater incêndios no Pantanal em junho de 2024Divulgação/Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul

O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul solicitou ao Ibama a criação de uma brigada permanente para combater e prevenir incêndios no Pantanal. A procuradora Aline Morais, que atua em Corumbá, enviou um ofício ao instituto.

O Ibama atua no combate aos incêndios florestais por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. A instituição existe há 35 anos.

A procuradora instaurou um procedimento para monitorar a fiscalização e as medidas de prevenção aos incêndios em Corumbá e Ladário, no Pantanal sul-mato-grossense.

O trabalho é realizado em cooperação com a Polícia Federal, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, do Ibama, e com o Corpo de Bombeiros Militar. A procuradora cobrou prioridade no combate ao incêndio em áreas ocupadas por comunidades tradicionais e ribeirinhas.

O MPF investiga os responsáveis por iniciar os incêndios em comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e nas áreas de proteção permanente e com espécies ameaçadas de extinção.

A investigação tem sido abastecida com relatórios repassados periodicamente pelo Ibama e pelo Corpo de Bombeiros Militar. Peritos e policiais federais de Brasília, especializados em investigações de incêndios e queimadas, também atuam nas apurações no Pantanal.

A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, afirmou nesta segunda-feira (1º), que as queimadas teriam origem em 18 focos de incêndio, a maioria em propriedades privadas.

Ela ainda associou a maior parte das queimadas na região de Corumbá como consequência do desmatamento. O município enfrenta a situação mais crítica do bioma.

“Os culpados serão indiciados. Nós já sabemos de onde veio a propagação desse fogo. As pessoas foram identificadas, mas o processo de investigação está em curso”, disse a ministra.