Contratos da prefeitura de Porto Alegre com pousada incendiada passam de R$ 9,1 milhões
- Atualizado emLocal onde ocorreu o incêndio que vitimou 10 pessoas e deixou pelo menos 7 feridos no centro de Porto AlegreEvandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo – 26.abr.2024
Desde novembro de 2020, a prefeitura de Porto Alegre já assinou sete contratos com a Pousada Garoa, que teve uma de suas unidades incendiada na madrugada desta sexta-feira (26). Dez pessoas morreram na ocorrência. Ao todo, os contratos somam R$ 9.199.028,46.
Todos os contratos foram assinados pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), que é vinculada à prefeitura de Porto Alegre. Segundo a página do órgão na internet, a fundação tem por objetivo “realizar a gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no município de Porto Alegre”.
O primeiro contrato com a Pousada Garoa foi assinado no dia 6 de novembro de 2020, no valor de R$ 197.964. Segundo o Portal da Transparência da prefeitura, o objeto do contrato era o “estabelecimento de hospedagem que disponha de condições para pronto atendimento no Município de Porto Alegre, para atender a Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC, para o enfrentamento das consequências sociais causadas pela pandemia do novo coronavírus”.
Desde então, mais seis contratos foram assinados com a Pousada Garoa, todos com a justificativa relacionada aos efeitos da pandemia da Covid-19.
O atual contrato entre a prefeitura e a Pousada Garoa –o único que ainda está vigente– é no valor de R$ 2.705.379,96. Foi assinado em dezembro de 2023 e expira em dezembro deste ano.
O contrato vigente é a prorrogação de outro contrato, assinado em dezembro de 2022 e que venceu em dezembro do ano passado, e que tinha o valor de R$ 3.186.000. Esse contrato determinava o fornecimento, por parte da pousada, de 450 vagas por mês.