Com mais tecnologia, a indústria de alimentos está destravando nós logísticos - Taubaté

Com mais tecnologia, a indústria de alimentos está destravando nós logísticos

Gado pasta em integração com a natureza na região central do país (Helder Faria/Getty Images)

 

Indústria 4.0 se traduz em enorme oportunidade para companhias dos mais diversos setores. Para quem não sabe do que se trata, essa nova etapa é um conjunto de sistemas e tecnologias que permite controlar e conhecer em profundidade tudo que acontece no dia a dia das fábricas e até na cadeia de suprimentos.

Na Indústria 4.0, quase tudo é feito com a ajuda de sensores, sistemas automatizados e softwares avançados. Também é preciso coletar e analisar dados e mais dados – só assim é possível tomar decisões com segurança e agilidade.

As empresas que conseguem fazer parte dessa Quarta Revolução Industrial dão saltos de produtividade que as colocam em outro patamar. Estudos da consultoria McKinsey apontam que os ganhos em produtividade atrelados à adoção de novas tecnologias podem chegar a 26%.

De acordo com o estudo Oportunidades para a Indústria 4.0, apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o emprego de tecnologias digitais pode reduzir consideravelmente a lacuna de produtividade que separa o Brasil dos países desenvolvidos.

“As principais nações industrializadas inseriram o desenvolvimento da Indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial para preservar e aumentar a competitividade”, analisa Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. “O Brasil precisa fazer o mesmo.”

Neste mesmo relatório, o setor alimentício aparece com maior potencial para liderar a adoção de novas tecnologias – de inteligência artificial à Internet das Coisas. O segmento, afinal, é o que está mais aberto, hoje em dia, à transformação digital. Raras são as empresas que não apostam nela e ainda assim conseguem se manter competitivas.

Apelidada de App Friboi Pecuarista, a novidade permite que os fornecedores façam análises dos rebanhos que foram adquiridos pela companhia. Eles têm acesso aos três critérios-base de avaliação de rebanho – peso, idade e gordura. Com as informações disponibilizadas, e o farol de qualidade que a Friboi utiliza (com sinais verde, vermelho e amarelo), o pecuarista pode tomar decisões mais assertivas e que melhorem a qualidade da carne que depois será repassada aos consumidores.