Honrando o passado, inspirando o futuro
- Atualizado emCIESP SBC lança medalha Peter Gottschalk
O CIESP SBC lançou a Medalha Peter Gottschalk, que homenageará, a partir de 2025, industriais que se destacam na cidade de São Bernardo do Campo. O lançamento oficial foi realizado na noite do dia 15 de maio, em uma reunião plenária que também celebrou o Dia da Indústria e os 62 anos da entidade.
Mauro Miaguti, diretor titular do CIESP SBC, explicou como nasceu a ideia da premiação e da homenagem a Peter Gottschalk, fundador da Wheaton Brasil: “Muitos reclamam que o nosso país não valoriza a sua história, muito menos as pessoas que fizeram parte dela. A ideia de homenagear os industriais nasceu de uma vontade de valorizar lideranças que, através de um trabalho inovador e disruptivo, transformam, não só as suas vidas, como a da sociedade. Quando conhecemos a história de Peter Gottschalk, de forma unânime decidimos que ele seria o personagem ideal para ser o nome dessa homenagem e assim ter o seu legado eternizado, inspirando os líderes do futuro.”
A medalha Peter Gottschalk será entregue todo mês de maio, a partir de 2025. Os critérios para receber o prêmio serão definidos por um comitê formado por diretores do CIESP SBC, representantes da Wheaton e do SENAI.
O desafio de elaborar o design da medalha ficou a cargo de professores e alunos do Senai Almirante Tamandaré, conforme explicou o diretor da entidade João Domingos Chiari Sanchez: “Nosso desafio foi sintetizar em uma medalha todo o significado do trabalho realizado por Peter Gottschalk. Precisávamos expressar em um objeto um sentimento. A medalha representa a transformação da areia em vidro, testemunho da beleza oculta nas coisas simples, um lembrete de que até o mais comum dos elementos pode se tornar algo extraordinário. Ela também traz uma representação da fachada da FIESP, na Avenida Paulista.”
Peter Gottschalk Júnior, filho do empresário, esteve presente ao evento ao lado dos demais familiares, e com emoção falou sobre o orgulho de ser filho de um empreendedor obstinado pelo seu trabalho e pelas pessoas: “Meu pai veio da Alemanha para o Brasil ainda criança, ao lado de sua família, fugindo da Segunda Guerra. Aos 11 anos ele começou a empreender, depois de meu avô sofrer um acidente de carro… Tive a sorte de meu pai ter tido filho cedo, porque com isso eu pude trabalhar com ele por mais de 40 anos. Preservar a história é uma forma de agradecer, de não esquecer o que foi feito, como foi feito e por quem foi feito. O que meu pai queria era dar uma contribuição para melhorar as bases sociais do Brasil. Ele era apaixonado por pessoas e dizia que sem gente não se faz nada.”
Peter Gottschalk sempre dizia que o prédio e tudo o que uma empresa precisava em termos de materiais para funcionar eram apenas ferramentas, que o mais importante eram as pessoas; os colaboradores precisavam ser respeitados para que pudessem trabalhar em uma única direção. Esse era seu lema frente à Wheaton, que continua reverberando.
O evento do CIESP SBC também contou com uma homenagem aos ex- gestores e ex-diretores que já passaram pela entidade. José Alcades Teodoro foi o escolhido para falar por eles e lembrou da trajetória de Carlos Pastoriza, que foi diretor titular da entidade nos anos 90, falecido em 2019: “Cheguei ao CIESP SBC em 1991, na gestão do saudoso Carlos Pastoriza, empreendedor ousado e inovador, que dava tudo de si pela entidade… Sem a indústria, sem os empreendedores, a sociedade não anda”, discursou Alcades.