Região de São João da Boa Vista exporta US$ 501,9 milhões em 10 meses e mantém superávit comercial - São João

Região de São João da Boa Vista exporta US$ 501,9 milhões em 10 meses e mantém superávit comercial

Informações do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp apontam aumento de 33,7% na comparação interanual

As exportações na região de São João da Boa Vista totalizaram US$ 501,9 milhões de janeiro a outubro deste ano, o que corresponde a um aumento de 33,7% na comparação interanual. Já as importações somaram US$ 156,5 milhões, também registrando alta de 31,1% frente ao mesmo período do ano passado.  O superávit comercial foi de US$ 345,4 milhões.

Os dados, gerados pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, consideram a somatória de produtos exportados nos 20 municípios que compõem a Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) em São João da Boa Vista. 

Os principais produtos exportados foram café, chá, mate e especiarias (70,1%), animais vivos (7,5%) e produtos químicos inorgânicos (3,7%). Por outro lado, as importações da regional foram principalmente de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (31,7%), leite e laticínios; ovos de aves (13,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,1%).

No período analisado, os principais destinos das exportações na região de São João da Boa Vista foram Alemanha (19,5%), Estados Unidos (13%) e Argentina (9,4%). Por sua vez, as compras da regional mantiveram seus locais de origem: China (27,4%), Estados Unidos (15,8%) e Argentina (11,7%).

Para o vice-diretor do Ciesp de São João da Boa Vista, Adriano Fontão Alvarez, as exportações superam as importações por vários motivos que refletem tanto características econômicas da região quanto a demanda internacional por seus produtos.

“A região tem uma pauta exportadora fortemente baseada em commodities agrícolas, como café e chá, mate e especiarias, que respondem por 70,1% das exportações. Esses produtos têm alta demanda internacional, especialmente em mercados como o alemão e o norte-americano, e seus preços aumentaram nos últimos anos, elevando as receitas de exportação mesmo sem um crescimento proporcional no volume exportado. Esse cenário favorece a balança comercial ao impulsionar as receitas da região”, analisa.

Além disso, segundo o vice-diretor, a região se beneficia de uma especialização produtiva que eleva a competitividade de seus produtos no mercado externo, enquanto, suas importações são focadas principalmente em bens de capital e intermediários, como máquinas e aparelhos mecânicos, que contribuem para a produtividade local. “Esses insumos importados suportam a produção de valor agregado nas exportações, garantindo que o valor das vendas externas exceda o das importações e contribuindo para o saldo positivo na balança comercial”, afirma.

Troca de conhecimento

O CIESP mantém um grupo de Comércio Exterior gratuito e aberto a todos os interessados. Para participar, basta enviar mensagem pelo WhatsApp (19) 99888-4802.

A Regional compreende os municípios de Aguaí, Águas da Prata, Cajuru, Caconde, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul, além de São João da Boa Vista.