Quatro Cidades da região geram 433 empregos em abril, aponta Caged
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Números foram puxados pelo comércio; Setor industrial teve demissões
São João da Boa Vista, Mococa, São José do Rio Pardo e Vargem Grande do Sul geraram 433 empregos com carteira assinada em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na última quarta-feira (31).
São João teve o melhor mês do ano, com a abertura de 105 postos de trabalho. O bom resultado veio do setor de serviços que contratou 94 pessoas em abril. O setor industrial abriu apenas nove postos de trabalho em abril, 11 a menos do que no mês anterior.
Segundo o diretor titular do Ciesp São João da Boa Vista, Pedro Domingos Tavares, as indústrias da região estão em compasso de espera, ainda analisando as decisões políticas do país. “A indústria está devagar na região e até com receio de investir. Isso porque os industriais estão aguardando para tentar entender que rumo o Brasil vai ter com as novas decisões políticas e econômicas”, explica.
Em contrapartida, dois municípios da região registraram mais demissões do que contratações e fecharam 15 postos de trabalho no geral: são eles Casa Branca e Espírito Santo do Pinhal, com oito e sete demissões respectivamente. E em Pinhal, a indústria fechou 39 vagas.
Para o vice-diretor da Regional do Ciesp, Adriano Fontão Alvarez, de modo geral, a região reflete o que ocorre no país, que apresentou uma queda de 12,4% na geração de empregos frente ao mesmo mês do ano passado.
“Essas duas cidades têm a particularidade de empresas ligadas a mercados que não têm recebido ajuda do Governo atual. Já dá para entender que alguns setores da economia estão com dificuldade. E se formos olhar de forma setorizada para São João da Boa Vista, veremos que as indústrias de aço, por exemplo, também enfrentam esses desafios, o que acaba refletindo em demissões”, afirma Alvarez.
Os diretores acompanham com grande expectativa as movimentações do governo. “Espero que o Governo atual analise esses números, caso a caso, para poder compreender a real demanda das regiões a fim de definir com mais assertividade os setores que precisam receber aditivos. O interior do estado é muito importante e precisa ser considerado”, finaliza Alvarez.