Com superávit na balança comercial, região de São João da Boa Vista exporta US$ 450,9 milhões em nove meses
- Atualizado emInformações do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp apontam aumento de 34,1% na comparação interanual
As exportações na região de São João da Boa Vista superaram as importações nos nove primeiros meses do ano, gerando superávit de US$ 308,7 milhões na balança comercial. Os 20 municípios que compõem a Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) exportaram, juntos, US$ 450,9 milhões de janeiro a setembro. O valor é 34,1% mais alto do que no mesmo período do ano passado.
As importações também cresceram e somaram US$ 142,2 milhões, o que significa um crescimento de 34% na comparação interanual. O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações, o que vem ocorrendo na região já há alguns meses.
Os principais produtos exportados foram café, chá, mate e especiarias (70,7%), animais vivos (7,1%) e produtos químicos inorgânicos (3,8%). Por outro lado, as importações da regional foram principalmente de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (30,6%), leite e laticínios; ovos de aves (15,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,6%).
No período analisado, os principais destinos das exportações de São João da Boa Vista foram Alemanha (18,7%), Estados Unidos (13,1%) e Itália (9%). Já as compras da regional tiveram como principais origens China (26,1%), Estados Unidos (16,9%) e Argentina (12,2%).
Etapas para exportação
A exportação é um processo complexo e dinâmico, que requer atenção a diversas etapas para garantir o sucesso das operações internacionais. O vice-diretor do CIESP de São João da Boa Vista, Adriano Fontão Alvarez, ressalta que a atenção a essas etapas pode assegurar a competitividade das indústrias da região no mercado global.
“É fundamental garantir que a parceria com fornecedores seja produtiva. Para isso, é importante ter certeza sobre o que está sendo importado. Por exemplo, no caso do aço, não se compra apenas o material, mas sim uma norma, já que tudo é normatizado. Quando lidamos com fornecedores internacionais, precisamos tomar alguns cuidados, pois as exigências e padrões de qualidade podem ser diferentes dos aplicados no Brasil. E o mesmo vale para quem exporta”, explica.
Além dessa abordagem estratégica nas parcerias internacionais, o sucesso nas exportações exige um planejamento minucioso que abrange desde o estudo de mercado até a capacitação da equipe:
Estudo de Mercado: A identificação de produtos com demanda internacional e a análise dos mercados-alvo são passos iniciais essenciais para o direcionamento das vendas ao exterior.
Regulamentação: Entender as leis de comércio exterior e garantir todas as licenças necessárias para operar legalmente no mercado internacional é crucial para evitar barreiras legais.
Cadastro e Licenciamento: O cadastro da empresa nos órgãos reguladores e a associação a entidades comerciais facilitam o acesso a novos mercados.
Logística: Escolher parceiros logísticos confiáveis e o transporte adequado garante que os produtos cheguem com segurança e dentro do prazo aos compradores internacionais.
Parcerias: A criação de uma rede sólida de fornecedores e compradores internacionais é vital para manter um fluxo constante de operações comerciais.
Financiamento e Câmbio: Pesquisar opções de crédito e acompanhar a variação cambial são medidas importantes para otimizar os custos e proteger o capital da empresa.
Marketing Internacional: A adaptação da comunicação e o uso de marketing digital são ferramentas indispensáveis para atingir com eficácia o público externo.
Planejamento Tributário: O aproveitamento de benefícios fiscais e um planejamento cuidadoso dos custos tributários ajudam a reduzir despesas e aumentar a margem de lucro.
Controle de Qualidade: Investir em certificações internacionais é essencial para atender aos padrões globais de qualidade, abrindo portas para mais mercados.
Gestão de Riscos: Avaliar e proteger-se contra riscos financeiros e logísticos, como flutuações cambiais e atrasos na entrega, são estratégias de mitigação essenciais para evitar prejuízos.
Treinamento da Equipe: A capacitação da equipe em comércio exterior e idiomas garante que a empresa tenha uma base sólida de conhecimento para lidar com o público e processos internacionais.
“Com essas práticas alinhadas, a internacionalização das empresas da região contribui com o fortalecimento da presença do Brasil no comércio exterior e amplia as oportunidades de crescimento econômico”, finaliza Alvarez.
Troca de conhecimento
O CIESP mantém um grupo de Comércio Exterior gratuito e aberto a todos os interessados. Para participar, basta enviar mensagem pelo WhatsApp (19) 99888-4802.
A Regional compreende os municípios de Aguaí, Águas da Prata, Cajuru, Caconde, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul, além de São João da Boa Vista.