Em Botucatu, presidente do Ciesp cita tecnologia e saúde em alta no pós-pandemia - Piracicaba

Em Botucatu, presidente do Ciesp cita tecnologia e saúde em alta no pós-pandemia

Macrotendências Mundiais até 2040 com Rafael Cervone em Botucatu
Foto: Leandro Rocha/Vias Digitais

Palestra sobre macrotendências também apontou esforço para a reconfiguração das cadeias produtivas locais e globais.

A ação global para a prevenção de pandemias e a internalização da produção das cadeias de fármacos e produtos médicos-hospitalares foram alguns dos temas destacados pelo presidente do Ciesp, Rafael Cervone, durante a palestra Macrotendências Mundiais até 2040, que aconteceu na noite desta quinta (14), em Botucatu.

Cerca de 100 pessoas participaram do evento, que aconteceu no Ciesp da cidade. O prefeito de São Manuel, Ricardo Salaro Neto, e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Botucatu, Junot de Lara Carvalho, foram algumas das autoridades do poder público presentes no evento.

Cervone chamou a atenção para o envelhecimento da população, a tendência de crescimento da classe média no mundo e a explosão demográfica na África, mas também trouxe reflexões sobre as mudanças de comportamento e de paradigmas no pós-pandemia.

Botucatu deverá, por exemplo, ser a sede do novo Centro Nacional de Biofármacos e Biomoléculas MCTI/UNESP, com financiamento da Fapesp, apoio do Ciesp/Senai, dentre outras instituições, e que fará lotes-piloto de biofármacos, como o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que é necessário para a fabricação de vacinas. O insumo se tornou um dos grandes gargalos no país durante a pandemia de covid porque dependia de importação. O centro também deve produzir medicamentos para câncer e artrite, dentre outros.

“Um dos grandes aprendizados da pandemia foi sobre a importância estratégica da indústria. Por meio das escolas do Senai-SP, a indústria ajudou a criar soluções para que pudéssemos sair daquela situação, por meio da produção de máscaras, de face shields, de álcool em gel e do conserto de respiradores. O IFA é algo estratégico para o país e realmente foi um dos pontos frágeis evidenciados com a pandemia”, disse Cervone.

O presidente do Ciesp também frisou que o setor industrial tem discutido a reconexão das cadeias locais e globais de fornecimento que foram destruídas, não só pela pandemia de covid, mas também por fatores geopolíticos como a Guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele ressalta que no pós-covid, países europeus e EUA têm trabalhado pela reindustrialização de seus territórios, caminho, que na sua opinião, também deve ser trilhado pelo Brasil.

Para ele, os países sentiram um risco estratégico ao se darem conta de que a China dominava a produção industrial de determinados itens.

Por fim, Cervone avaliou que Botucatu é uma região “superindustrializada, diversificada e integrada com o agro”.

Ao todo, em sua apresentação, o presidente do Ciesp abordou nove temas. Além de saúde, ele falou de energia, infraestrutura, trabalho e qualificação, alimentos, urbanização, segurança, perfil do consumidor e entretenimento e turismo.

Estratégias e planos

Cervone foi recebido pela anfitriã Patrícia Dias, diretora do Ciesp Botucatu. Ela avalia que a palestra foi importante para trazer um direcionamento às empresas levando em consideração suas vocações.

“Nós temos um ecossistema bastante variado na região de Botucatu, que tem trazido desafios. A palestra traz um direcionamento e eu não tenho dúvida de que todos os empresários presentes saem muito beneficiados no sentido de poderem criar estratégias e planos para suas empresas”, disse Patrícia.

Antes da palestra, o Ciesp Botucatu realizou oficialmente a reinauguração de sua sede, após ter passado por uma reforma. Ao longo do dia, Cervone e Patrícia visitaram as instalações do Sesi, do Senai e da fábrica da Embraer em Botucatu.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA DO CIESP
Adriana Matiuzo – (11) 95158-6921