Fiesp e Ministério da Defesa apresentam fintech voltada ao setor
- Atualizado emMariana Soares, Agência Indusnet Fiesp
A criação da primeira fintech de Defesa do país é o principal desdobramento do Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Defesa e a Fiesp, assinado há menos de um ano. Os detalhes, os benefícios para o setor de defesa e para o desenvolvimento do Brasil foram apresentados durante reunião realizada por videoconferência na tarde desta quinta-feira (15/4). O encontro contou com a participação do general Braga Netto, Ministro de Estado da Defesa, do presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, e de autoridades envolvidas ativamente no assunto.
A Fintech Defesa está sendo vista como um novo paradigma para a Economia de Defesa, pois é o primeiro Agente Financeiro de Defesa totalmente privado, digital, que viabiliza o acesso das empresas da Base Industrial de Defesa a recursos de forma não tradicional e flexível, e sem restrições de atividade econômica ao Setor de Defesa, valendo-se para tanto da estruturação de operações customizadas, que contemplem a ativação/uso dos mais diversos instrumentos financeiros e do mercado de capitais.
Paulo Skaf agradeceu a presença do ministro Braga Netto, das demais autoridades e reconheceu a importância dos primeiros resultados do Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Defesa e a Fiesp. “A iniciativa vai estabelecer um ambiente saudável e de cooperação entre as forças armadas, de segurança e a base industrial de defesa. Dessa forma, contribuímos para a continuidade de um país sempre forte”, argumentou.
A palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português). É um termo usado para se referir a startups ou empresas nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.
Braga Netto valorizou a parceria histórica e inovadora entre a Fiesp e o Ministério da Defesa, que celebra e fortalece a base da indústria nacional, salvaguardando a indústria e a cadeia produtiva como um todo. Setor que, de acordo com o ministro, é responsável por 4% do PIB nacional, gerando 290 mil empregos diretos e 850 mil indiretos. “Vou dar uma boa notícia. Temos firmados para o próximo triênio o investimento de 4,5 bilhões de dólares e mais 3 bilhões dólares em negociação. Dessa forma, o segmento segue contribuindo para a recuperação econômica do país”, completou.
Carlos Erane de Aguiar, diretor titular do Departamento de Defesa e Segurança (Deseg) e presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (Simde) reforçou que o profissionalismo, a institucionalidade e a transparência de Paulo Skaf, à frente da Fiesp, sempre foram primordiais para incentivar a cadeia produtiva e desenvolver o setor. “A fintech terá a missão de criar um ambiente de segurança jurídica que atrai investimentos e será fonte de inovação para as empresas, resultado em condições positivas para as nossas forças armadas”, disse.
Já o general Flávio Neiva, diretor do departamento de Financiamentos e Economia de Defesa (Depfin), explicou que a ideia do Grupo de Trabalho formado pelo Ministério e pela Fiesp, é gerar um portfolio que agregue produtos, alta tecnologia, empresas com capacidade de negociação e fornecimento de insumos e produtos. “A Fiesp atuou como catalisadora da cadeia produtiva. Essa associação entre setor público e iniciativa privada pode levar a modelagem de produtos que atendam muito bem à área de defesa”, informou.
Marcos Degaut, secretário de Produtos de Defesa (Seprod), do Ministério da Defesa, alertou para o fato de que os países fortes são forjados sob uma base consolidada de defesa. “A sustentabilidade da base industrial gera soberania à nação”, contou.