Macro Visão – 13 de março de 2018

Foi divulgada nesta manhã pelo IBGE a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a janeiro. Após recuar 0,5% em dezembro de 2017, o volume total de vendas no comércio varejista nacional avançou 0,9% frente àquele mês, na série com ajuste sazonal. Para o conceito de varejo ampliado – que inclui as vendas de automóveis e materiais de construção -, contudo, houve queda de 0,1%. Na última leitura, o indicador havia registrado queda de 0,4%. Na comparação interanual, isto é, com janeiro de 2017, o crescimento do volume de vendas do varejo restrito e ampliado foi de 3,2% e 6,5%, respectivamente.

Em termos acumulados, ambos os conceitos apresentam resultados positivos: enquanto o volume de vendas do varejo restrito acumula variação de 2,46% nos últimos doze meses, o volume do varejo ampliado cresceu 4,55% no mesmo período.

Cinco das oito atividades pesquisadas registraram alta na passagem de dezembro para janeiro. Nesta leitura, os destaques ficaram com Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%). Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (3,7%), Tecidos, vestuário e calçados (0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelarias (0,3%) foram as outras atividades a registrar alta no período. Entre as duas atividades incluídas no conceito ampliado do varejo, Veículos, motos, partes e peças teve avanço de 3,8% no período, enquanto o grupo Material de construção registrou queda de 0,2%. Abaixo, o crescimento acumulado em doze meses para cada atividade.

Ontem (12/03), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou as taxas de desemprego harmonizada para seus países membros referentes ao mês de janeiro. Para a organização como um todo, a taxa de desemprego permaneceu estável em relação ao mês anterior, pelo segundo mês seguido, em 5,5%. Este é o menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 2007. Em termos absolutos, por toda área da OCDE, o total de desempregados é de 34,5 milhões, 1,9 milhões a mais do que em abril de 2008.

No que tange a Zona do Euro, a taxa de desemprego estabilizou em 8,6% na passagem mensal. Entre os destaques, Eslovênia reduziu 0,3p.p. para 5,9% e Holanda em 0,2p.p. para 4,2%. Do lado oposto, Itália teve acréscimo de 0,2p.p. e voltou ao mesmo nível de novembro de 2017, em 11,1%. Entre as outras grandes economias europeias, Alemanha permaneceu pelo terceiro mês seguido em 3,6% e França pelo segundo mês seguido em 9,0%, ao passo que Espanha manteve alto nível histórico de 16,3%, apesar de ter apresentado redução de 0,1p.p.

Na abertura entre os países de fora da Zona do Euro e membros da OCDE, destaque para a forte redução em 0,3p.p. de Israel (taxa de 3,7%) e Japão (2,4%), ao mesmo tempo em que Coréia do Sul e México caíram 0,1p.p., para 3,6% e 3,3%, respectivamente. Cabe ainda mencionar a manutenção, pelo quinto mês seguido, da taxa de desemprego dos Estados Unidos em 4,1%, próximo ao seu nível de pleno emprego.

Por fim, a taxa de desemprego da juventude (pessoas entre 15 e 24 anos) caiu novamente em 0,2p.p., segundo mês seguido de queda, para 11,4%. Contudo, continua em um elevado nível histórico e mais do que duas vezes maior comparado com outras faixas etárias.