Secretária executiva do Desenvolvimento Econômico defende escuta ativa do setor produtivo

Secretária executiva do Desenvolvimento Econômico defende escuta ativa do setor produtivo

Adriana Matiuzo, Agência Indusnet Fiesp 

“A gente só consegue tomar decisão, para desenhar política pública, ouvindo o setor produtivo”, disse a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Juliana Cardoso, após um almoço com a diretoria do Ciesp na tarde de quarta-feria (14/6), na sede da entidade, em São Paulo.

Mestre em administração de empresas, com ênfase em empreendedorismo pela Babson College, e mestre em administração pública pela Columbia University, Cardoso faz parte da equipe do secretário Jorge Lima, do Desenvolvimento Econômico, que se alinhou ao Ciesp e a outras entidades para montar coalizões empresariais em várias regiões do estado de São Paulo. Esta semana, o secretário esteve em Araçatuba para o lançamento da 10ª coalização empresarial. Na próxima sexta-feira (16/6), a coalização chega à região de Bauru.

Para ela, a parceria com o Ciesp e de outras entidades no trabalho de coalizão é fundamental para que o poder público obtenha diagnóstico mais preciso da economia de cada região, o que permite um trabalho mais direcionado. O plano do governo é criar 16 coalizões ao todo, segundo Juliana.

“O cenário de hoje é diferente do de amanhã. A gente viu na pandemia: o cenário antes era um, durante a pandemia era outro e no pós-pandemia era outro. A projeção futura também é outra. Então, isso [o diagnóstico] tem de acontecer com uma dinâmica muito grande”, afirmou a secretária.

De acordo com ela, o foco da conversa também girou em torno da “sinergia” do Ciesp com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e sobre os avanços do Conselho Estadual da Reindustrialização do Estado de São Paulo, criado pelo governador Tarcísio de Freitas em março deste ano, e do qual a entidade faz parte. Cardoso considera essas articulações importantes para que haja avanços na pauta e um trabalho regionalizado, que permita o planejamento, a identificação de potencialidades e decidir quais os próximos passos para trabalhar o direcionamento do crescimento econômico regional.

“Por exemplo, como é que a gente vai levar as indústrias para essas regiões, sobretudo para aquelas cidades que ainda não têm o grande potencial desenvolvido?”, questionou Juliana, que defende uma escuta ativa do setor produtivo, a fim de entender as dinâmicas regionais.

Além do presidente do Ciesp, Rafael Cervone, estavam no almoço o 1º vice-presidente do Ciesp, Vandermir Francesconi, o 1º diretor secretário do Ciesp, Marcos Andrade, e o gerente do Departamento de Competitividade da Fiesp, Renato Corona.

 

De acordo com Juliana Cardoso, a pandemia evidenciou o dinamismo na mudança do cenário econômico, o que exige diagnósticos mais rápidos para pautar políticas públicas. Foto: Karim Kahn/Fiesp
De acordo com Juliana Cardoso, a pandemia evidenciou o dinamismo na mudança do cenário econômico, o que exige diagnósticos mais rápidos para pautar políticas públicas. Foto: Karim Kahn/Fiesp