Aniversário de 62 anos do Ciesp Castelo

Os novos desbravadores da economia paulista e do País

Na mesma área de onde os bandeirantes partiam para desbravar o interior paulista e brasileiro, expandindo as fronteiras nacionais para além do estabelecido no Tratado de Tordesilhas, firmado pela Espanha e Portugal em 1494, existe hoje um parque fabril muito dinâmico, constituído por 2.230 empresas. Os segmentos mais relevantes são os de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, produção de materiais de borracha, plástico, metal e alimentos, impressão e reprodução de gravações.

O CIESP Castelo, com jurisdição em Osasco, sua cidade-sede, Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, tem contribuído para o fortalecimento e progresso da indústria local ao longo de seus 62 anos, comemorados em 22 de dezembro. Por isso, é gratificante constatar que o setor mantém 78.858 empregos formais nos sete municípios, conforme dados atualizados do IBGE, com impacto socioeconômico positivo na população regional, de 1,95 milhão de habitantes (Censo de 2022).

Essas estatísticas mostram como a indústria é essencial para que o Brasil volte a crescer em patamares mais elevados e de maneira sustentável. Tal meta somente foi atingida pelos países que promoveram expressivo avanço do setor, que é estratégico pelo volume e qualidade dos empregos que gera, aporte tecnológico, agregação de valor à pauta de exportações e redução da dependência externa. Seu fator multiplicador é de 2,15, o maior dentre todos os ramos de atividade. Isso significa que, a cada R$ 1,00 que produz, são gerados R$ 2,15 na economia.

Fica claro que o chão de fábrica contribui de maneira significativa para a inclusão social e no mercado de consumo, por meio do trabalho digno e melhor distribuição de renda. É por todas essas boas razões que temos defendido a política de neoindustrialização.

Um de seus principais eixos é o Programa de Depreciação Imediata, destinado à renovação de máquinas e equipamentos. Estamos empenhados no sentido de que seu lançamento ocorra o mais rapidamente possível, para que tenha efeito já em 2024. Não é renúncia fiscal, mas sim o adiamento das cobranças da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). As nações desenvolvidas utilizam de modo amplo esse tipo de ferramenta, que estimula investimentos, gera empregos e impulsiona a economia.

Toda nossa mobilização em favor da indústria conta com o engajamento da grande rede do CIESP, com mais de oito mil associados. Os empresários do setor, como os que trabalham nos sete municípios da Diretoria Regional Castelo, são os novos desbravadores paulistas e brasileiros, expandindo as fronteiras da transição digital, da Manufatura Avançada, da inovação, da sustentabilidade e de um futuro melhor para o nosso país.

*Rafael Cervone é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

**Ronaldo Koloszuk Rodrigues é o diretor-titular do CIESP Castelo.