Prefeitura e Ciesp Araraquara serão parceiros de campanha de combate à fome com foco em crianças

Junto com o Vale do Ribeira, região terá projeto-piloto de programa promovido pelo Conselho Superior de Responsabilidade Social da Fiesp, Sesi-SP, além do próprio Ciesp

16/10/2023 – Foi lançado nesta segunda-feira (16), Dia Mundial de Combate à Fome, o Programa “Alimentar o Futuro – Segurança Alimentar e Nutricional na Infância”, que visa incentivar a oferta de alimentação adequada e saudável para todas as crianças do Estado de São Paulo. O projeto é uma iniciativa do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Fiesp e será executado em cooperação com o Ciesp e com o Sesi-SP. A prefeitura de Araraquara, o Consórcio de Municípios da Região Central do Estado (Concen) e o Ciesp – Regional Araraquara também serão parceiros da proposta, já que a região integra o projeto-piloto do programa junto com o Vale do Ribeira.

Participaram do lançamento o ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, o ex-presidente da República Michel Temer, o vice-prefeito e secretário do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Araraquara, Damiano Neto, o diretor-titular do Ciesp Araraquara, Bruno Franco Naddeo, dentre outras autoridades.

O Programa, que deve ser replicado para todo o Estado após o projeto-piloto regionalizado, prevê a implantação de um Núcleo de Apoio para estimular empresas a articularem projetos locais em parceria com Organizações Sociais do terceiro setor e com o poder público. O Núcleo também ficará responsável por fazer um diagnóstico de cada região e um Observatório irá captar e armazenar dados por região para serem disponibilizados a toda a sociedade. “Cada um doará o que puder e o que quiser. Nós seremos catalizadores e utilizaremos a nossa capilaridade”, disse Raul Cutait, presidente do Conselho de Responsabilidade Social da Fiesp.

Para Bruno Franco Naddeo, diretor-titular do Ciesp Araraquara, ter o projeto-piloto aplicado regionalmente traz uma grande responsabilidade. “É a partir dos resultados alcançados aqui e no Vale do Ribeira que serão replicados em todo o Estado. Certamente, nossas indústrias verão a importância da campanha e queremos a participação de todas, seja pequena, média ou grande. Estamos com muita disposição para que a iniciativa dê certo e leve mais segurança alimentar para as crianças”. Damiano Neto, vice-prefeito e secretário do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Araraquara, corrobora com essa visão, destacando a estrutura que a cidade e a região já possuem na área. “Nossa expertise certamente ajudará no desenvolvimento das atividades e ações do projeto e esperamos colher ótimos resultados em breve”.

Estatísticas

A criação do programa foi impulsionada pelos indicadores alarmantes do país, especialmente no período da pandemia. Uma pesquisa realizada em 2022, por exemplo, mostrou que apenas quatro a cada 10 famílias brasileiras tinham acesso à alimentação. Os dados ainda mostram que 37% dos domicílios com crianças de até 10 anos estão em situação de insegurança alimentar, sendo 18% em situação de fome.

Por outro lado, estudos científicos mostraram que a fome afeta de forma significativa o desenvolvimento global das crianças, impactando negativamente nos aspectos físicos, emocionais, cognitivo, de aprendizagem e de linguagem.

O primeiro Diretor Secretário do Ciesp, Marcos Andrade, que representou o presidente Rafael Cervone no evento, se disse otimista com a iniciativa que une empresas, organizações sociais e o poder público. Para ele, a capilaridade do Ciesp vai “enriquecer” o programa, visto que muitas empresas associadas são lideranças em suas regiões e podem inspirar a adesão de outras empresas por meio do exemplo.

Andrade ainda ressaltou que a iniciativa poderá ajudar as empresas a desenvolverem o “S” das políticas ESG (Environmental, Social and Governance). A sigla é um compromisso que empresas e instituições têm assumido que prevê a adoção voluntária de boas práticas ambientais, sociais e de governança, inspiradas nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Segundo ele, é comum as empresas iniciarem as práticas ESG pelo E, por conta da familiaridade com o tema em função das leis ambientais, e depois encontrarem dificuldades para implantar ações de Responsabilidade Social e de Governança.

“Logo percebemos que há um amadurecimento da sociedade e a compreensão de que não podemos não nos incluir em problemas sociais como a fome. Clientes e a sociedade esperam que as empresas adotem práticas que façam a diferença para o nosso planeta e para a nossa sociedade”, disse o diretor.