Palavra do Diretor - Alto Tiete

Palavra do Diretor

MODERNIZAR PARA CRESCER

 

Em um mundo cada vez mais digital é vital que a indústria esteja preparada para responder às demandas com produtos e processos modernos. O aceno feito pelo Governo Federal de implantar um programa de renovação de máquinas e equipamentos do parque industrial brasileiro ou a “depreciação acelerada”, chega em boa hora e mostra a importância de criar um ambiente de negócios que priorize a competitividade.
A adequação dos parques fabris com máquinas e equipamentos modernos é uma questão de sobrevivência, já que vivemos a quarta revolução industrial, com a tecnologia presente em todas as etapas produtivas. No entanto, para implementar essa transformação é preciso promover grandes investimentos, o que em um País que abocanha boa parte dos recursos através de impostos, é uma tarefa hercúlea – cenário que esperamos que se reverta com a Reforma Tributária.
Por isso, o anúncio da implementação da depreciação acelerada é um importante aliado nos esforços que o setor tem feito para acompanhar as mudanças do mercado, modernizar seus parques fabris, criar uma indústria mais verde, gerar mais empregos e renda.
A iniciativa não se trata de um subsídio para o setor ou renúncia fiscal. De maneira simples, hoje quando uma empresa adquire um equipamento ou máquina, a dedução do investimento é feita por meio de parcelas ao longo da vida útil do item. Já pela depreciação acelerada a 100%, todo o valor aplicado pode ser deduzido da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o que reduz as despesas ao longo do tempo e gera fôlego rápido para a indústria.
A adoção desse modelo é uma reivindicação antiga do setor que enxerga no programa uma maneira de aumentar a produtividade, acelerar a modernização das fábricas, ampliar o desenvolvimento tecnológico brasileiro e competir em pé de igualdade com o mercado externo.
As estimativas da União apontam que a medida pode significar um incentivo entre R$ 3 bilhões e R$ 15 bilhões a partir do próximo ano, valor que vai depender da aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional e que precisa ser muito bem combinada com os governos estaduais para que a medida não pare em entraves locais.
Esperamos que Congresso e governos enxerguem na proposta o que o setor vê, a chance de fortalecer e impulsionar a indústria nacional para que o País possa crescer a passos largos.

José Francisco Caseiro é diretor do Sistema Fiesp/Ciesp no Alto Tietê