Palavra do Diretor
- Atualizado emINTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OPORTUNIDADES
O lançamento do ChatGPT gerou uma grande discussão sobre os impactos das inteligências artificiais em nossas vidas. A tecnologia é um dos braços da Indústria 4.0, que busca incorporar no dia a dia das empresas soluções que auxiliem na produtividade, competitividade, redução de gastos e desperdícios. A implantação de tecnologias digitais aumenta, em média, 22% a capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas de setores como de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, segundo dados de entidades voltadas para o setor industrial.
Um estudo da McKinsey – consultoria global na área de gestão – prevê, por exemplo, que até 2025 os processos relacionados à Indústria 4.0 terão a capacidade de diminuir os gastos com manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, e proporcionar uma alta entre 10% e 25% na eficiência do trabalho. E o perfil da mão de obra é uma das preocupações que avança junto com a implantação de novas tecnologias. O ChatGPT, por exemplo, reacendeu com força total o debate sobre o futuro das profissões e a necessidade de atualização.
A demanda aberta pela inteligência artificial e outras ferramentas da Indústria 4.0 pode ser traduzida por pesquisas que estimam a necessidade de qualificar 9,6 milhões de trabalhadores da indústria até 2025, dos quais 7,6 milhões que já contam com formação.
Neste processo, assim como as instituições de ensino superior, está o Senai, estrutura que possui laboratórios de ponta e cursos feitos sob medida para atender ao setor.
Além de ser um celeiro de talentos, o Senai apoia o desenvolvimento industrial brasileiro. O mais recente exemplo foi o lançamento do primeiro nanossatélite de observação da Terra e coleta de dados projetado pela indústria nacional.
O projeto desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial – joint-venture entre a Embraer e a Telebras – e rede de parceiros que inclui o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados, de Florianópolis, é um passo importante para a indústria espacial do Brasil.
As possibilidades geradas, sejam pela inteligência artificial ou outras tecnologias, têm potencial para trazer mais competitividade para a indústria brasileira e fica evidente a importância das empresas se adequarem às novas necessidades, assim como criar parcerias entre os setores privados e públicos para garantir um avanço integral.
José Francisco Caseiro é Diretor do Sistema Fiesp/Ciesp no Alto Tietê
Diretoria
CIESP ALTO TIETÊ