Vendas reais da indústria paulista contraem no mês de maio, configurando a 3ª redução em 2022
- Atualizado emAgência Indusnet Fiesp
As vendas reais da indústria de transformação paulista contraíram 0,7% no mês de maio na comparação com abril, quando houve crescimento de 2,4%, conforme aponta o Levantamento de Conjuntura Fiesp/Ciesp. É a terceira redução das vendas reais da indústria paulista nos 5 meses de 2022 (além de maio, houve queda de 1,2% em fevereiro e de 1% em março). Os setores de móveis (-5,9%), de veículos (-3,6%) e de metalurgia (-3,5%) foram os que mais contribuíram com o dado do mês. Todos os dados estão com ajuste sazonal.
As horas trabalhadas na produção cresceram no mês no dado dessazonalizado. A variação foi de 1,0% em maio frente ao crescimento de 2,4% do mês de abril.
Os salários reais médios apresentaram leve crescimento de 0,1% na leitura de maio, porém, não recuperam a variação negativa de abril (-0,3%), dados dessazonalizados.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada, NUCI, avançou moderadamente 0,1 p.p., ao passar de 80,3% para 80,4% na leitura atual.
Na variação acumulada em 12 meses, medida que indica tendência para os componentes, no fechamento até maio, apenas as horas trabalhadas na produção exibem resultado positivo (+3,1%), todavia, com a continuidade da retração nesta ótica pelo oitavo mês consecutivo. O item vendas reais indica que a tendência de dados negativos nesta comparação irá permanecer, acumulando -8,9% até maio ante variação de -6,9% do mês anterior. Por fim, o componente de salários reais médios (-2,0%) também se encontra com a leitura deprimida nesta ótica.
Sensor
O Sensor do mês de junho encerrou em 49,6 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado inferior ao mês de maio quando marcou 50,3 pontos. Leituras abaixo de 50,0 pontos indicam retração da atividade industrial paulista no mês.
O indicador de mercado (setor de atuação) recuou 3,4 pontos, de 54,0 pontos para 50,6 pontos entre maio e junho. Valores acima dos 50,0 pontos indicam melhora das condições de mercado.
Aos 53,2 pontos, o componente de vendas variou negativamente em 1,0 ponto em relação ao mês de maio. Por permanecer acima dos 50,0 pontos há indícios de alta das vendas no mês.
O componente de estoque continua acima do planejado pelo quinto mês consecutivo, ao marcar 48,6 pontos em junho ante 46,4 pontos do mês de maio. Leituras superiores a 50,0 pontos indicam estoque abaixo do desejável, ao passo que inferiores a 50,0 pontos indicam sobrestoque.
O índice de emprego ficou em 48,5 pontos, leve alta de 0,3 ponto em relação à leitura anterior, quando marcava 48,2 pontos. O índice permanece abaixo de 50,0 pontos pelo quarto mês consecutivo.
Por fim, o indicador de investimentos avançou 5,8 pontos em junho, ao encerrar aos 53,9 pontos contra 48,1 pontos do mês anterior. Por estar acima dos 50,0 pontos, há a expectativa de avanço dos investimentos por parte das indústrias paulistas no mês.
Todos os dados acima contemplam o tratamento sazonal.