Selic: Ciesp e Fiesp criticam conservadorismo do Copom
- Atualizado emDesculpe-nos pela monotonia
Há cerca de três anos e meio a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) têm, reiteradas vezes, manifestado — sempre sob argumentação técnica — a sua discordância quanto às ações do Copom no que diz respeito às taxas de juros praticadas no Brasil.
A nossa permanente defesa do crescimento se tornou, com o passar do tempo e diante do renitente conservadorismo do Banco Central, algo repetitivo, até monótono para a Imprensa e a sociedade. Somos, como foi noticiado hoje (5/3), o país que pratica a maior taxa de juros do planeta. Acabamos de passar a Turquia, tornando-nos os primeiros nesse injusto ranking mundial.
Entretanto, mais uma vez, vemo-nos obrigados a bater na mesma tecla, e pelos mesmos conhecidos motivos, já que continuamos não encontrando razões plausíveis para que o Governo perca a oportunidade de abaixar a Selic e combater a sua conseqüente danosa sobrevalorização do Real, que tira a competitividade do produto nacional nos mercados globalizados.
“Sabemos que está crescendo uma dívida a ser paga no futuro, e que ela será, como tudo neste País, mais uma responsabilidade a ser resolvida pela sociedade brasileira. E seja quem for que estiver no Governo. Esse compromisso — em razão de modestos índices de crescimento do PIB verificados até o ano passado, do câmbio sobrevalorizado, dos juros da dívida interna —, será apenas de quem trabalha e produz”, alertou Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.