Reforço em linha de crédito do BNDES pode oxigenar mercado, afirma Skaf - CIESP

Reforço em linha de crédito do BNDES pode oxigenar mercado, afirma Skaf

Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) elevou o teto do orçamento de seu Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (Progeren) para R$7,7 bilhões. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (14/8) pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“Foi aberto para todos os setores da economia. Estamos fazendo uma linha de capital de giro que, pelas suas características de prazo, esperamos poder contribuir para o momento difícil da indústria e dos setores da economia brasileira”, afirmou Coutinho após reunião com empresários em São Paulo, conduzida pelo presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf.

Paulo Skaf durante reunião com empresários da Fiesp e do Ciesp, com a participação de Luciano Coutinho. Foto: Everton Amaro/Fiesp

No programa, o tomador tem um prazo de 60 meses para pagar, com carência de 24 meses. A linha, criada para estimular emprego e massa salarial por meio do apoio financeiro para capital de giro, é destinada a micro, pequenas e médias empresas e para organizações de grande porte de setores específicos.

“Essa é uma linha que realmente daria uma oxigenada no mercado em termos de capital de giro”, afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Emprego

Pauta da reunião com o presidente do BNDES, o emprego na indústria de São Paulo registrou perda de 30,5 mil postos somente em julho deste, segundo pesquisa da Fiesp e do Ciesp. E a perspectiva é que o mercado de trabalho do setor encerre o ano com 200 mil empregos a menos.

“Não é só na indústria, mas, lamentavelmente, na agricultura, no comércio, e no setor de serviços também há uma possibilidade de ter uma redução de mais de um milhão de vagas e, no entanto, o governo quer aumentar o imposto sobre a folha de salários”, disse Skaf, referindo-se a uma proposta, em tramitação no Senado, que aumenta a alíquota do imposto cobrado sobre a receita bruta de empresas que antes pagavam contribuição sobre a folha de pagamento. “Na verdade, é um projeto de oneração da folha”, afirmou Skaf.