Rafael Cervone: “Manutenção da Selic em 11% a.a. enfraquece a economia e derruba ainda mais a nossa produtividade”

O Comitê de Política Monetária, COPOM, divulgou nesta quarta-feira (16) a manutenção da SELIC em 11% a.a.

Para Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP, a manutenção da taxa Selic nesse patamar enfraquece ainda mais a atividade produtiva e a economia, que ingressa na recessão.

A maioria dos indicadores econômicos mostra que a atividade está fraca em quase todos os setores, principalmente na indústria de transformação que deve apresentar resultado baixíssimo em 2014. A produção industrial no segundo trimestre será, muito provavelmente, o quarto trimestre consecutivo de queda, configurando um quadro recessivo no campo produtivo. Nos demais setores, como o de comércio e serviços, indicadores mostram que o pessimismo e a baixa atividade prevalecem.

“A indústria está sendo corroída pela falta de competitividade, isso está evidente na série de levantamentos que medem o comportamento do setor. Precisamos de um plano estratégico de país, que priorize a economia competitiva. A indústria de transformação urge por mudanças que contemplem medidas consistentes como reforma tributária, juros mais baixos, câmbio melhor e que favoreça a exportação de manufaturados”, afirma Cervone.

“Esses são fatores que reaquecem a demanda econômica, estimulam os investimentos produtivos e retomam o sentimento de otimismo da sociedade em relação ao país. Mas não é o que acontece. Juros nesse patamar estão longe de proporcionar o fortalecimento da economia, não causam efeitos positivos e nem trazem resultados satisfatórios nas principais frentes, como: geração de emprego e renda e alta capacidade produtiva”, reitera o presidente do Ciesp.

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP