"O Brasil não está dando certo, já deu certo", diz o presidente Jair Bolsonaro  - CIESP

“O Brasil não está dando certo, já deu certo”, diz o presidente Jair Bolsonaro 

Solange Sólon Borges, Agência Indusnet Fiesp

O otimismo com a economia deu o tom do almoço organizado pelo presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, para o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (3/2), na sede Fiesp. Participaram do evento cerca de 250 pessoas, entre presidentes de sindicatos e diretores das entidades, que representam diversos segmentos econômicos, além dos ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, Abraham Weintraub, da Educação, da secretaria de governo, general Luiz Eduardo Ramos, do gabinete institucional, general Augusto Heleno, da secretária especial de Cultura, Regina Duarte, e do senador Flávio Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro.

Na abertura, Skaf enfatizou a honra em receber o presidente da República na “casa da indústria, da produção, do emprego, da educação, da formação profissional, da inovação, do crescimento e do desenvolvimento”. O presidente da Fiesp e do Ciesp reafirmou que a agenda do governo coincide com a defendida pelos setores produtivos. “Apoiamos seu governo porque enxergamos com clareza que estamos no rumo certo”, disse Skaf, referindo-se às reformas estruturais recentes, como a da Previdência, e as futuras, Administrativa e Tributária. Também mencionou as ações voltadas à desburocratização, como a alteração das Normas Técnicas (NRs), com impacto na produção e no emprego. “Desde agosto do ano passado se registra crescimento, com um milhão e meio de empregos gerados, sendo 550 mil com registro em carteira, de acordo com dados oficiais, e de 800 a 900 mil informais. Estamos entrando em 2020 com otimismo, esperando 2,5 a 3% de crescimento,” avaliou Skaf.

Entre outros pontos positivos elencados por Skaf, estão os recordes registrados pela Bolsa Valores, o alinhamento desejado da inflação, dos juros e do câmbio, apesar de o spread bancário ainda estar em patamar elevado, mas que se resolverá dentro de um cenário de concorrência. “Hoje mais de 20% dos mais de R$ 4 trilhões de crédito disponíveis no mercado praticamente não são mais de origem bancária, e isto permanece crescendo, ou seja, haverá concorrência forte para termos juros altamente competitivos”, disse. Somam-se a eles a PEC dos Fundos Públicos, o Pacto Federativo, além do combate à corrupção. Skaf lembrou, no entanto, que há muitos quilômetros a serem percorridos, pois há 14 mil obras paradas, exemplificou, “e precisamos estar juntos, para resolver isso, com a geração de emprego”.

Marcadores econômicos

Paulo Skaf antecipou, no encontro, o Sensor (índice da Fiesp que indica a atividade da indústria de transformação durante o mês) a ser divulgado oficialmente apenas amanhã, terça-feira (4/2). O resultado foi positivo: 50,8%; um número acima de 50 pontos indica expansão da atividade industrial.

Skaf também citou levantamento nacional de Avaliação das Políticas Públicas no Agronegócio, realizada pela Fiesp e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e o contraste registrado. Nos últimos anos, a avaliação de políticas públicas junto do agronegócio registrou média abaixo dos 10 pontos (2013 a 2018). Mas, na pesquisa realizada entre dezembro e janeiro, o índice alcançou 69 pontos, ou seja, 69% dos produtores concordam que o governo brasileiro valoriza o setor. “Isto é realidade”, enfatizou.

Outro bom termômetro é a confiança do comércio que também espelha esse otimismo, de acordo com o presidente da Fiesp. Esses motivos, reunidos, justificam o apoio dado ao governo Bolsonaro pela indústria “para que tenhamos o Brasil dos nossos sonhos, com empreendedorismo, inovação, tecnologia, um Brasil inserido no próximo milênio. Não devemos administrar uma agenda do século passado, mas sim do futuro”, finalizou.

O Brasil não está dando certo, já deu certo

O presidente da República, Jair Bolsonaro, concordou que Skaf citou todos os pontos que são importantes e têm feito a diferença para o país: “E os números mostram que o Brasil está no caminho certo. Todos estão ajudando o Brasil a ocupar o lugar de destaque no mundo”, disse.

No campo econômico, analisou que, se antes se combatia a inflação com o aumento da taxa de juros, hoje isso não ocorre mais. “Como técnico do time, quem tem de entrar no campo são os 22 ministros e, na área econômica, meu apoio incondicional a ministro Paulo Guedes”, afirmou.

Bolsonaro disse também que irá mais fundo nas reformas com o objetivo de reduzir o peso do Estado, pois sua função é mediar e não dificultar a vida de quem produz. Nesse sentido, apontou para a desregulamentação, a desburocratização e a revisão das Normas Técnicas com excessivas obrigações. “Nós estamos recuperando a confiança e o respeito no mundo em função dessas duas palavras-chave, que são confiança e respeito”, afirmou. “O Brasil não está dando certo. O Brasil já deu certo”, finalizou.

Foto: Karim Kahn/Fiesp