Nova realidade cambial é “respiro” para recuperar competitividade brasileira, afirma Skaf - CIESP

Nova realidade cambial é “respiro” para recuperar competitividade brasileira, afirma Skaf

Presidente da Fiesp e do Ciesp se reuniu com 200 empresários na região de Ribeirão Preto

Em meio à retração da atividade econômica em 2014, sobretudo a crise na indústria, a recente valorização cambial tem sido um “respiro” para a atividade exportadora, afirmou nesta sexta-feira (27/3) o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf.

“Em 2014, a indústria teve crescimento negativo. Isso não é uma novidade”, disse o presidente das entidades ao comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados pela manhã. “Eu diria que se há uma boa notícia, é esse patamar do dólar, que recuperar parte da competitividade brasileira”, completou ao se reunir com pelo menos 200 empresários na região de Ribeirão Preto.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, enquanto a indústria de transformação amargou queda de 3,8% no ano passado.

“Os altos custos de energia, infraestrutura, logística, juros, a falta de credito e os altos impostos realmente roubam a competitividade do país e prejudicam especialmente a indústria de transformação”, afirmou Skaf.

Faixa Simples

O presidente da Fiesp e do Ciesp voltou a afirmar que as entidades estão se esforçando para a aprovação da ampliação da faixa do Simples Nacional, um regime especial de tributos para empresas de micro e pequeno porte.

“Existe em São Paulo 2,5 milhões de micro e pequenas empresas que precisam ser apoiadas e há mais de um milhão de Micro Empreendedores Individuais e a forma que estamos encontrando para ajuda-los é aumentar a faixa de enquadramento no Simples”, informou Skaf. “Estamos trabalhando para aprovar a ampliação dessas faixas, dobrando o valor”.

Podem participar do programa Simples Nacional, que unifica o pagamento de tributos cobrados pela União, estados e municípios, as empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.

Alice Assunção e Katya Manira, Agência Indusnet Fiesp