Ministro da saúde, Marcelo Queiroga, diz que toda a população deverá estar vacinada até o fim do ano - CIESP

Ministro da saúde, Marcelo Queiroga, diz que toda a população deverá estar vacinada até o fim do ano

Mariana Soares, Agência Indusnet Fiesp

Em reunião na sede da Fiesp, na manhã desta segunda-feira (3/5), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, valorizou a ciência e afirmou considerar plausível vacinar toda a população brasileira contra a Covid-19 até o fim deste ano. O encontro aconteceu durante reunião do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia (ComSaude), da Fiesp, que reuniu membros do grupo, gestores públicos com atuação na área da Saúde, além de empresários do setor e representantes da cadeia produtiva.

O ministro reforçou que a prioridade neste momento é a vacina. “De sexta-feira passada até hoje, foram distribuídas mais de 17 milhões de doses de imunizantes. Número maior do que a população de vários países. Queremos a luz da esperança, que é a vacina nos braços dos brasileiros”, disse.

No início da manhã, antes da reunião na Fiesp, Queiroga visitou o Hospital São Paulo, na Vila Clementino, onde ouviu de médicos e gestores como o Ministério da Saúde pode contribuir com a questão da pesquisa e da assistência.

De acordo com o ministro da Saúde, o Brasil é o 5º país que mais distribuiu doses de vacina desde o início da imunização mundial. São mais de 70 milhões de doses de vacinas já entregues aos gestores estaduais e municipais. São 38 mil salas de vacinação distribuídas em todo o Brasil com capacidade de aplicação diária de 2,4 milhões de doses. “Só não estamos fazendo isso ainda por falta de doses suficientes. O que não é só um problema do Brasil e, sim, do mundo inteiro”, completou.

O ministro confirmou que o governo tem feito vários esforços para suprir estados e municípios no que diz respeito a insumos importantes, como máscaras, seringas e os kits de intubação. De acordo com Marcelo Queiroga, já foram destinados mais de R$ 1 bilhão para habilitação de leitos específicos para o tratamento da Covid-19.

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, participou de encontro na sede da Fiesp, e agradeceu o apoio da indústria no combate à pandemia. Fotos: Karim Kahn/Fiesp

Entusiasmado com o apoio da Fiesp no enfrentamento da pandemia, Marcelo Queiroga, agradeceu ao presidente da instituição, Paulo Skaf, por liderar uma campanha de mobilização da indústria paulista, que passou a fornecer os cilindros que estavam faltando para envasar oxigênio. Já foram disponibilizados 3.227 cilindros.

“O presidente Jair Bolsonaro determinou que constituíssemos um ministério técnico. O Brasil gasta, aproximadamente, 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em Saúde. E isso não é pouco. É uma oportunidade para o desenvolvimento do nosso país. Sobretudo do complexo industrial da saúde”, reforçou.

O orçamento do Ministério da Saúde no ano passado foi de R$ 183 bilhões. Já, neste ano, a pasta gerencia cerca de R$ 130 bilhões para dar conta dos seus compromissos.

“Até a quarta feira (5/5), vamos apresentar uma portaria com o investimento de R$ 1 bilhão para a atenção primária.”, disse.

Ruy Baumer, diretor-titular do ComSaude, da Fiesp, reforçou que o comitê tem a função de aumentar a interlocução entre o setor, poder público e mercado, aproximando todos os atores. Baumer garantiu que o esforço do grupo é para que a saúde seja um programa de Estado, e não de governo.

“Nosso setor está à sua disposição e tem plenas condições de apoiar as ações do ministério. Como todos nós sabemos, a saúde não para. Temos muitos outros temas que não podem ser esquecidos, como cirurgias eletivas represadas, uma enorme demanda na reabertura dos hospitais. Assim como a tabela SUS (Sistema Único de Saúde) congelada, há anos”, pontuou Baumer.