Lei Anticorrupção tem que ‘pegar’, diz Paulo Skaf em entrevista no Jornal da Gazeta - CIESP

Lei Anticorrupção tem que ‘pegar’, diz Paulo Skaf em entrevista no Jornal da Gazeta

Presidente do Ciesp e da Fiesp fala sobre a Lei 12.846/2013 e as perspectivas da economia brasileira para 2014

A chamada Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) precisa funcionar na prática, defendeu o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf, em entrevista à jornalista Maria Lydia Flandoli, no Jornal da Gazeta de quarta-feira (29/01).

“[A lei] Tem que pegar porque tanto o corrupto quanto o corruptor tem a mesma responsabilidade e prejudicam muito o pais.”, explicou o presidente da Fiesp e do Ciesp no principal telejornal da TV Gazeta.

A lei, que entrou em vigor também na quarta-feira (29/01), responsabiliza e passa a permitir a punição de empresas envolvidas em atos de corrupção contra a administração pública nacional ou estrangeira. A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em agosto do ano passado.

Ainda em abril de 2012, Skaf e do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, defenderam a aprovação da Lei em artigo no jornal O Globo. Em 2010, a Fiesp publicou estudo que mostra o custo da corrupção para o país.

Leia alguns trechos da entrevista:

Lei anticorrupção

“[A lei] Tem que pegar porque tanto o corrupto quanto o corruptor tem a mesma responsabilidade e prejudicam muito o pais. Porque quando se tem um ato de corrupção, não é só aquele o valor que o corrupto está tomando. É a decisão errada que o corrupto está tomando, uma decisão que não vai ao encontro do país, das pessoas. A penalidade tem que ser muito forte mesmo para que todos que pensem em ter um ato de corrupção realmente desistam.”

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“O que a Fiesp fez foi um grande estudo medindo o prejuízo que o país tem com a corrupção. E são bilhões. Tanto o corrupto quanto o corruptor tem que ter todo rigor para que desistam de fazer coisa errada.”

Economia

“Dentro da realidade que nós estamos vivendo, as perspectivas econômicas para 2014 não são boas. O crescimento da economia esse ano tende a ser menor que o do ano passado, que já foi bastante baixo. Nós crescemos abaixo da média mundial. Abaixo da média da América latina. E esse ano isso vai se repetir. Lamentavelmente. Nós lutamos para crescer, desenvolver, para a geração de empregos. Mas a realidade da economia brasileira mostra que nós teremos um crescimento abaixo de 2%. E no ano passado foi próximo a 2%.”