Jurômetro da Fiesp atinge R$ 253,2 bilhões em 2014 - CIESP

Jurômetro da Fiesp atinge R$ 253,2 bilhões em 2014

Nesta terça-feira (02/12), às 11h30, o Jurômetro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indicava que o governo brasileiro havia pago, desde o início do ano, 253,2 bilhões de reais em juros. Há um ano, no mesmo horário, o gasto com juros calculado pelo Jurômetro era de R$ 226 bilhões.

É uma diferença de R$ 27,2 bilhões, que poderia comprar mais de 90 milhões de cestas básicas, pagar 37,6 milhões de salários mínimos ou 102 milhões de bolsas-família. Se os R$ 27,2 bilhões fossem aplicados em educação, poderiam ser usados para construir mais de 26 mil escolas do ensino fundamental, ou equipar mais de 55 mil, ou então arcar com o custo anual de mais de 10,5 milhões de alunos do ensino fundamental.

Se o dinheiro fosse aplicado em habitação, poderia construir 417 mil casas populares, instalar 11,2 milhões de ligações de água ou 7 milhões de ligações de esgoto. Se aplicado em infraestrutura, poderia construir 33 aeroportos, no mesmo padrão que o novo aeroporto de Natal (RN), ou mais de 9 mil quilômetros de ferrovias, ou 16 mil quilômetros de rodovias.

É 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB) que foi tirado da economia real, mais do que o governo federal gastou em todo o ano de 2013 com o Bolsa Família: 0,51% do PIB.

De acordo com o Banco Mundial, o gasto do Brasil com juros da dívida pública é o sexto entre 111 países, e corresponde a 5,22% da renda nacional. Perde apenas para Jamaica, Líbano, Egito, Sri Lanka e as ilhas de São Cristóvão e Nevis, no Caribe.

“Juro alto encarece o capital de giro das empresas, e desestimula projetos de investimento. Reduz a competitividade da indústria e impede o aumento da capacidade produtiva. Ajusta a economia pela recessão e posterga as pressões inflacionárias, e leva o país a uma constante armadilha de baixo crescimento”, afirma o presidente da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf.

“Temos a maior taxa de juro real do mundo, segundo levantamento do portal Moneyou.

E o maior spread bancário do mundo, segundo o IMD”, conclui o diretor-titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho.

Para mais informações acesse o site do Jurômetro:  www.jurometro.com.br