Indústria teve expansão uniforme em todo o país, comprova IBGE - CIESP

Indústria teve expansão uniforme em todo o país, comprova IBGE

 

IBGE mostra desempenho positivo nas 14 regiões de janeiro a novembro de 2007 e pequeno recuo em novembro, por ter menos dias úteis
 
 
As regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com maior destaque na produção industrial em 2007 têm forte presença de segmentos vinculados a bens de capital (máquinas e equipamentos utilizados para fabricar outros bens) e bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos).

Todas as 14 regiões analisadas mostraram desempenho positivo na indústria, no acumulado de janeiro a novembro do ano passado. Já em relação a outubro, o mês de novembro apresentou queda em sete regiões.

A indústria paulista, que responde por 40% da produção nacional, recuou 1,6% em novembro em relação ao mês anterior e puxou a queda na média nacional (de 1,8%, segundo divulgou o IBGE no início desta semana) no período.

O Estado, porém, permanece também como principal influência positiva para a produção nacional nos dados comparativos com igual período de 2006, com expansão de 8,5% em relação a novembro e de 6,1% no acumulado de janeiro a novembro.

O economista André Macedo, da Coordenação de Indústria do IBGE, disse que os dados das regiões divulgados ontem mostram que "os resultados industriais continuam amplamente favoráveis, com crescimentos espalhados setorialmente e regionalmente".

Na comparação com novembro de 2006, quase todas as regiões (13) mostraram expansão. A exceção foi o Pará. Segundo Macedo, "há um desempenho claramente positivo da indústria regionalmente em 2007, mesmo com recuos na margem da série, e os locais com expansões mais importantes nas comparações anuais confirmam o padrão de crescimento observado em nível nacional, sustentado por bens de capital e de consumo duráveis".

Os Estados que puxaram, em termos de impacto, a produção industrial no acumulado de janeiro a novembro foram São Paulo (6,1%), Minas Gerais (8,8%) e Rio Grande do Sul (8%). Segundo Macedo, essas três regiões são destaques na indústria de máquinas e equipamentos, automóveis e commodities como minério de ferro e açúcar.

EFEITO CALENDÁRIO

Macedo disse também que as quedas nas sete regiões em relação a outubro, assim como ocorreu na média nacional, ocorreram especialmente por causa da base de comparação elevada e do menor número de dias úteis do mês.

Duas das regiões que estão entre os três principais impactos nacionais de queda – São Paulo e Rio de Janeiro (recuo de 2,5%) – tiveram em 20 de novembro o feriado da Consciência Negra, o que contribuiu para o resultado negativo.

Além disso, novembro teve dois dias úteis menos que outubro no ano passado. "Os resultados regionais negativos não alteram a trajetória de crescimento da produção nas regiões, como mostram os resultados mensais e acumulados no ano", disse Macedo.

 
Fonte: O Estado de S. Paulo

 

Agência Ciesp de Notícias
11/01/2008