"Falar de Primeira Infância é pensar em como as empresas podem transformar a sociedade no longo prazo e de maneira estrutural”, afirma especialista - CIESP

“Falar de Primeira Infância é pensar em como as empresas podem transformar a sociedade no longo prazo e de maneira estrutural”, afirma especialista

Clarissa Viana, Agência Indusnet Fiesp

Na noite desta quinta-feira (24/6), a Fiesp, por meio de seu Comitê de Responsabilidade Social (Cores), organizou evento virtual sobre os princípios ESG [Environmental, social and corporate governance, na sigla em inglês] e a causa da Primeira Infância em parceria com a United Way Brasil. A live foi a 3ª da série sobre responsabilidade social na prática e apresentou os desafios e o papel da indústria na definição de políticas de investimento voltadas à Primeira Infância.

“Essa causa é muito cara a nós, da Fiesp, mas também sabemos a importância de sensibilizar empresas e empresários para a formação de uma rede, pois os eixos de atuação são variados, trazem muitos benefícios e garantem a formação das próximas gerações capacitadas para continuar movimentando a economia e a indústria brasileira”, destacou Grácia Fragalá, diretora titular do Cores da Fiesp e do Núcleo de Responsabilidade Social (NRS) do Ciesp.

No evento, também foi lançado o Guia de Primeira Infância para Empresas da United Way Brasil, elaborado em parceria com a Fundación FEMSA, Fundação Bernard Van Leer e Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

Gabriella Bighetti, diretora executiva da organização, apresentou dados científicos e econômicos para ressaltar a importância do cuidado com esse grupo para toda a sociedade. “A neurociência já constatou que 90% do cérebro humano se desenvolve até os seis anos de idade, o que vai influenciar na habilidade cognitiva dos adultos. E o economista James Heckman também apontou que a cada US$ 1 investido na Primeira Infância a sociedade tem um retorno de US$ 7”, apontou Gabriella.

Segundo Sônia Favareto, SDG Pioneer pelo Pacto Global das Nações Unidas (ONU), o aumento pela busca e pelo debate em torno dos princípios ESG não é apenas uma iniciativa ‘bondosa’ das empresas. “Cada vez mais consumidores e colaboradores têm exigido uma postura mais sustentável das marcas, assim como os investidores, que têm analisado as práticas corporativas antes de aplicar seus investimentos. Os órgãos reguladores também estão trabalhando para regularizar essas práticas, o que incentiva mais e mais empresas a adotarem os princípios ESG”, assinalou.

Apresentando algumas das iniciativas já adotadas na Special Dog para a Primeira Infância, o gerente de desenvolvimento sustentável Fernando Luciano apresentou as práticas internas e externas, que incluem programas para educação e auxílio dos colaboradores que se tornam pais e mães e das ações educativas encabeçadas pela empresa na comunidade de Santa Cruz do Rio Pardo, no interior paulista. “Nós entendemos que não pode haver transformação estrutural da sociedade se não trabalharmos de forma multidisciplinar com os vários atores envolvidos nessas mudanças. Por isso, o Objetivo de Desenvolvimento Social (ODS) que destaca as parcerias é o que consideramos o mais importante”, explicou.

Na Telefonica Vivo, de acordo com o diretor de talentos Fernando Luciano, a mobilização pela diversidade no quadro de colaboradores levou a mais conversas com as equipes. Atualmente, toda a companhia tem aprendizados mensais temáticos sobre assuntos como colorismo, parentalidade relativa e até mesmo pequenas agressões. Na ocasião, são lançadas novas políticas ou símbolos para reforçar o compromisso da empresa com o tema. “Falando sobre a primeira infância, temos uma série de iniciativas para apoiar nossos colaboradores desde a gestação até o retorno da licença parental, incluindo casos de adoção e/ou casais homoafetivos”, resumiu.

O Guia de Primeira Infância para empresas está disponível no portal www.empresaseprimeirainfancia.com.br

Neste link, você pode assistir ou rever o 3º encontro sobre ESG