Emprego industrial cresce em Fevereiro
- Atualizado emPesquisa realizada pelo Ciesp aponta para a criação de 2.807 vagas, pior resultado em fevereiro desde 2003
Pesquisa do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostra que, no mês de fevereiro de 2006, as contratações da indústria paulista cresceram 0,14%, com a criação de 2.807 novos postos de trabalho. De acordo com Boris Tabacof, diretor do Departamento de Economia (Decon) do Ciesp, esses não são números animadores. “Estamos nos contentando cada vez mais com resultados modestos. O clima na indústria é de desânimo e o resultado disso é que não estão sendo feitos investimentos produtivos que estimulariam o crescimento mais vigoroso do emprego“ afirmou o diretor.
No acumulado dos últimos 12 meses foram preenchidos 4.913 postos de trabalho (crescimento de 0,27%), contra 127.222 no mesmo período do ano passado (crescimento de 4,94%), uma diferença de 122.309 vagas.
No mês de fevereiro, a região de Araçatuba foi a campeã em contratações, com crescimento de 7,78% no número de vagas. Em seguida aparecem Presidente Prudente, com 3,24%, e Santa Bárbara D’Oeste, com 1,76%. Os destaques da indústria paulista no mês foram os setores de material elétrico, eletrônico e de comunicações (0,65%), confecção e artigos de vestuário (0,59%), metalúrgica (0,19%) e material de transporte (0,12%).
Entre os destaques negativos estão os setores têxtil (0,53%) e de produtos alimentares (-0,36%). De acordo com Arcangelo Nigro Neto, diretor do Ciesp de Araraquara, o bom resultado do interior, que cresceu 0,68%, pode ser explicado em parte por uma mudança no perfil das indústrias da Grande São Paulo. “Com a especialização cada vez maior, muitas empresas reduziram o número de funcionários, boa parte desses trabalhadores migrou para o interior” afirmou.
Os piores resultados de janeiro foram verificados nas regiões de Matão (-7,06%), Bauru (-3,49%) e São Caetano do Sul (-1,86%). A cidade de São Paulo também registrou retração no emprego (-0,05%). Na região metropolitana, Diadema apresentou crescimento (0,55%), e retração em que São Bernardo do Campo (-0,10) e Santo André (-0,25%)
Para Tabacof, é preciso uma sinalização do governo de que esse será um ano de positivo para a indústria. “As empresas estão trabalhando na retranca. Com os juros ainda num patamar muito elevado e o dólar patinando na casa de R$ 2,20, não há como garantir que o emprego cresça em 2006 a taxas muito superiores que aquelas verificadas no ano passado”, afirmou.
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