Em 2021, ambiente de negócios será melhor para construção civil, prevê secretário do Ministério da Economia - CIESP

Em 2021, ambiente de negócios será melhor para construção civil, prevê secretário do Ministério da Economia

Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

Na avaliação do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, em mais dois anos o Brasil ocupará o Top 50 no Doing Business, indicador que reúne os países nos quais há mais facilidades em relação aos procedimentos, custo e tempo necessários para que uma empresa possa iniciar a sua operação.

Costa participou de reunião do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp nesta quinta-feira (10/12), mediada pelo vice-presidente da Fiesp e presidente do Consic, José Carlos de Oliveira Lima. O encontro foi iniciado com debate entre os conselheiros, que fizeram o balanço das atividades deste ano e projeções para 2021. Em seguida, o ministro apresentou as ações da Sepec e disse aos participantes estar otimista em relação à atividade do setor da construção civil no próximo ano.

“O que faz o Brasil crescer é a produção. Saímos de uma visão rentista para uma perspectiva que valoriza a produção. Acreditamos muito no empresariado, porque vocês são os heróis deste país, que toda hora está mudando as regras”, enfatizou Costa, acrescentando que o Brasil não pode retornar à tríade demoníaca formada pela perda de credibilidade, risco inflacionário e aumento dos juros, e que qualquer incentivo fiscal não pode colocar em risco o equilíbrio fiscal. “A visão de médio e longo prazo é de redução de impostos. Não se aumenta imposto neste governo”, afirmou.

Quanto à desburocratização, Costa anunciou que, na próxima semana, haverá o lançamento do Sistema de Integradores Privados, que agilizará a liberação de alvarás de construção. “Uma das medidas visa constituir integradores que terão licença automática para construções de baixo risco, que abrangem 80% das obras. Isso vai destravar e dinamizar os negócios no setor”, avisou.

Outras ações da Secretaria para melhorar o ambiente de negócios incluem o estudo para a implantação de medidas que venham a reduzir o custo Brasil, aumento da produtividade das pequenas e médias empresas e também o aumento da maturidade digital do setor produtivo. “Tudo isso, somado à MP da construção civil, impactará de modo positivo o setor a partir de 2021, que será um ano maravilhoso, sobretudo no que se refere a obras de infraestrutura”, previu Costa.

Ele também abordou o fim do auxílio emergencial e, em seu entendimento, isso não vai prejudicar a economia. “O auxílio estimulou a economia, mas o término da concessão não terá impactos significativos, pois está sendo balanceado com a retomada da atividade econômica e voltaremos a crescer como antes”, finalizou o secretário.

Secretário Carlos Alexandre da Costa vê cenário otimista no próximo ano e enfatiza que equilíbrio fiscal merece atenção. Fotos: Karim Kahn/Fiesp