DIA MUNDIAL DA ÁGUA - CIESP

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Uso racional é discutido em seminário na Fiesp/Ciesp

 

Em comemoração ao Dia Mundial da Água, o Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Fiesp, em parceria com o Ciesp, realizou ontem (17) o seminário Saneamento: Perspectivas e Desafios. Representantes de empresas do setor e do governo do estado de São Paulo estiveram presentes e expuseram soluções para o uso e tratamento da água.

 
Para a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, a escassez das fontes hídricas exigem o uso racional e a eliminação de desperdícios. Segundo ela, o uso eficiente da infra-estrutura de distribuição e a extensão dos serviços a toda a população passa por uma série de metas, dentre elas: oferta igualitária entre os municípios, qualificação profissional adequada, garantia de abastecimento e leis que regulem a exploração da água. “A universalidade dos serviços [de tratamento e distribuição] não é apenas a implantação desses serviços, mas, também, a manutenção [da rede]”, afirmou. O estado de São Paulo projeta investir R$ 7 bilhões na área entre 2007 e 2011.
 
Dilma Pena indicou a possibilidade de os recursos hídricos serem explorados por Estado e iniciativa privada, tendo a água como bem comum da sociedade. “O aporte técnico e o financiamento da iniciativa privada são importantes. Nada impede que o município contrate uma empresa para fazer saneamento de esgoto”, disse.
 
Exemplo de parceria entre setor público e privado foi apresentado pelo presidente da Águas de Limeira, Fernando de Albernaz. A empresa, que assumiu a atividade em 1994 e, desde o ano passado, é controlada pelo grupo Odebrecht, conseguiu elevar o patamar de esgoto tratado em Limeira de 2% em 1995, para 78% em 2007, fechando o ano com faturamento de R$ 60,7 milhões. Águas de Limeira também reduziu para 15% a quantidade de água perdida na distribuição – em 1995, as perdas atingiam 45% em toda rede.
 
Foco no cliente
Para o presidente da Sanasa, Luiz Augusto Castrillon de Aquino, bons números no faturamento vêm quando a empresa prioriza o consumidor. Ele, que administra a empresa municipal da região de Campinas, afirma que “a tarifa tem de ser condizente com o serviço prestado, nem mais nem menos”.
 
O presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, foi enfático ao falar dos consumidores da empresa: “Nós estamos preocupados em deslocar o foco para o atendimento ao cliente”. A Sabesp recentemente criou um “índice de satisfação do cliente” e reestrutura a rede para eliminar perdas. “Não queremos vender água. Queremos vender inteligência da água, tecnologia”, afirmou o executivo.
 
Gesner Oliviera acredita haver condições propícias para um modelo de gestão baseado em objetivos de mercado. “No passado havia predominância do monopólio estatal. Hoje temos um ambiente concorrencial que obedece ao rigor da distribuição de água adequada para consumo”, disse, referindo-se ao interesse da empresa em se associar a outras companhias. Cerca de 50% da Sabesp está em forma de capital aberto nas bolsas de Nova Iorque e São Paulo, a outra metade continua sob controle estatal.
 
Premiação
No final da noite houve a entrega do 3° Prêmio Fiesp de Conservação e Reúno da Água, que teve como campeã a Lwarcel Celulose e Papel Ltda.,  e, na categoria micro e pequenas empresas, a Opersan. Veja aqui a cobertura da premiação.
 
Foto: Kênia Hernandez 

 
Agência Ciesp de Notícias
Nivaldo Souza
18/03/2008