De 745 mil casos de dengue no Brasil, São Paulo detém 401 mil, informa ministro da Saúde
- Atualizado emArthur Chioro anunciou casos no país após encontro com empresários na sede da Fiesp e do Ciesp
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou nesta segunda-feira (4/5) uma epidemia de dengue em pelo menos nove estados do país, entre eles São Paulo. Segundo Chioro, ao menos 24 estados brasileiros registraram aumento de casos em relação a 2014.
“O Brasil vive uma situação de epidemia concentrada em nove estados que tem mais de 300 casos por 100 mil habitantes”, informou Chioro.
Segundo o ministro, dos 745 mil casos registrados no Brasil este ano, 401 mil estão concentrados no estado de São Paulo. Ele informou ainda que o Ministério da Saúde aumentou em dezembro do ano passado “em R$150 milhões uma verba específica para todos os estados e municípios”.
Uma vacina contra a dengue deve entrar na terceira fase de testes do Instituto Butantan. Mas Chioro alertou que seria “equivocado” criar qualquer expectativa de ter a vacina aprovada nos próximos meses.
“Qualquer laboratório tem que cumprir uma série de exigências comprovando que a vacina tem tanto eficácia –produz cobertura contra os quatro sorotipos da dengue—quanto é segura. Nenhum produto chega ao mercado passando por cima dessa fase, seria uma irresponsabilidade”.
Encontro na Fiesp/Ciesp
Chioro participou de um encontro reservado com o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf, e na sequência se reuniu com empresários na sede da entidade para discutir investimentos na cadeia produtiva do setor.
Segundo o ministro da Saúde, a retração econômica, em meio a ajuste fiscal organizado pelo governo, não deve impactar o orçamento da Saúde este ano. Mas, o reflexo negativo pode ser sentido em 2016 “porque o orçamento para o ano que vem será calculado bom base na receita corrente líquida e em agosto devemos ter as primeiras expectativas”.
Para Skaf, a retração econômica afeta todos os setores da indústria. “Não só o setor da saúde, mas a indústria em geral este ano com previsão de crescimento negativo. Então temos que buscar alternativa para retomar o crescimento do Brasil, é isso que importa”.
Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp