Começa hoje a II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental - CIESP

Começa hoje a II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental


Sustentabilidade integrada ao chão de fábrica

O Ciesp vai participar da II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental, que começa hoje e vai até o dia 15 de agosto, com um estande próprio que contará com um espaço corporativo e apresentação de cases de sucesso das empresas associadas, principalmente pequenas e médias, com prioridade para a sustentabilidade integrada aos negócios.

 
“A Fiesp e o Ciesp, ao reunirem empresários comprometidos com a construção de uma sociedade melhor, num espaço que propicia a demonstração, discussão e divulgação de modelos de gestão que conciliam o progresso econômico, social e ambiental, coloca a força da liderança das instituições a serviço da criação de um novo modelo de desenvolvimento para o País, acima de interesses pessoais ou setoriais”, afirma o presidente das entidades, Paulo Skaf.
 
Visibilidade
Para Vitor Seravalli, diretor de responsabilidade social do Ciesp, é importante que as empresas comuniquem e mostrem para os públicos de interesse quais são seus projetos e investimentos sociais. “Todas as regionais da entidade terão a oportunidade de levar boas práticas das empresas associadas, para que os visitantes tenham condição de saber o que tem sido feito, e quais ações estão na agenda da indústria em relação aos temas socioambientais”, expõe o diretor.
 
A Mostra – que já vem se consolidando como evento de importância nacional na área, e deve receber cerca de 7 mil visitantes em sua segunda edição – é uma janela para o mercado, segundo o diretor de meio ambiente do Ciesp, Mário Hirose. “Muitas pequenas e médias empresas já têm novas tecnologias nas áreas ambiental e social à disposição, mas não têm a possibilidade de divulgá-las. A participação na Mostra é importante para que essas empresas, fornecedoras das grandes indústrias, mostrem que estão quebrando determinados paradigmas para oferecer soluções inovadoras, muitas vezes desconhecidas no mercado”, aponta Hirose.
 
Segundo Eliane Belfort, diretora-titular do Comitê de Responsabilidade Social da Fiesp, a Mostra cria um local para a troca de informações, discussão e debates para as empresas pioneiras na utilização do capital privado a serviço do bem público, favorecendo também a interlocução com a cadeia produtiva, sociedade e governos. “O espaço propicia a visibilidade das ações de responsabilidade socioambiental, que resulta na exposição extremamente positiva das marcas e agrega reputação à imagem das empresas”, ressalta.
 
Boas práticas no chão de fábrica
Incentivar as indústrias a aplicarem pequenos conceitos que, juntos, resultem em inovação e agregação de valor ao produto. É o que o Ciesp pretende com a participação ativa nos três dias de evento, que acontece no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. “Queremos mostrar que situações como Produção mais Limpa, fazer um programa 5S em uma fábrica, economia de energia, reuso da água, reciclagem e tratamento de resíduos são métodos para que o chão de fábrica conheça realmente as inovações que ocorrem nas grandes empresas. Os fornecedores de grandes multinacionais, que estão no topo das boas práticas, têm que dar continuidade a esse trabalho maior”, estimula Hirose.
 
Para Seravalli, o principal trunfo é mostrar as oportunidades sociais que existem no ambiente corporativo, como os mecanismos de inclusão nas empresas, a utilização das leis de incentivo, e os projetos e investimentos sociais privados nas áreas de educação e capacitação. “Quando a gente fala de sustentabilidade e integra os pilares socioambientais aos negócios, estamos dando oportunidade de todos os níveis das empresas, desde os líderes empresariais até o chão de fábrica, praticarem a definição de sustentabilidade, que é desenvolver o negócio sem prejudicar o desenvolvimento das gerações futuras”, reforça o diretor do Ciesp.
 
Ontem e hoje
A implementação de políticas socioambientais por parte da indústria é hoje uma questão econômica, e não mais atrelada simplesmente ao cumprimento da legislação, defende o diretor de meio ambiente do Ciesp, Mário Hirose. “Há vinte anos atrás, a questão fundamental era a forte fiscalização através de leis de comando e controle. Hoje nós percebemos que muitos dos empresários estão além disso. Quando tivemos o apagão elétrico em 2001, houve toda uma consciência de que poderá faltar energia, e as indústrias se adaptaram a essa nova realidade, criando uma série de mecanismos para economizar – o que não deixa de ser uma questão de sustentabilidade, econômica e ambiental”, diz. “Atualmente, no caso da água, mais uma vez a sustentabilidade está atrelada à questão econômica. A indústria terá que inovar, e colocar novas tecnologias dentro da fábrica, para economizar na utilização dos bens escassos”, acrescenta.
 
Os diretores do Ciesp acreditam que a sustentabilidade no Brasil está apenas no início, mas apostam no momento favorável para suportar a quebra de paradigma pela qual o setor produtivo passa hoje. “Estamos demonstrando aos poucos que a indústria não é apenas coadjuvante, mas indutora da sustentabilidade”, coloca Hirose. “Existe uma tendência clara de melhor entendimento da questão, embora o perfil do empresário ainda seja muito assistencialista. O processo de internalização da sustentabilidade como competência ainda está em fase de desenvolvimento”, sublinha Seravalli.
 
Visite:
II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental
Apresentação de cases no estande do Ciesp
Data: 13 a 15 de agosto
Local: Fundação Bienal, em São Paulo (Pq. Ibirapuera)
Informações: Área de Responsabilidade Social do Ciesp, pelo telefone (11) 3549-3270.
 
Agência Ciesp de Notícias
Mariana Ribeiro
11/08/2008