Ciesp Cubatão sugere obras em estrada para melhorar escoamento da produção - CIESP

Ciesp Cubatão sugere obras em estrada para melhorar escoamento da produção

 

 

A rodovia Cônego Domênico Rangoni, que liga Cubatão ao Guarujá e a cidades do litoral norte, recebe diariamente 9.500 caminhões e 11 mil carros. Em 2017, segundo levantamento da Diretoria Regional do Ciesp cubatense, realizado com as empresas do município, somente o fluxo de caminhões será de 13.500/dia – 42% a mais. Daqui a uma década, cerca de 1,5 milhão de veículos/ano devem circular pela via de 30,6 Km de extensão.

 
De posse desse diagnóstico, a Comissão Técnica de Logística da Regional se reuniu na semana passada com representantes da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para indicar obras de infra-estrutura no perímetro da antiga rodovia PiaçagueraGuarujá.
 
As mudanças sugeridas têm como objetivo prevenir um futuro gargalo e diminuir os impactos do aumento de veículos na principal via de escoamento da produção local, responsável pela ligação com o Porto de Santos. “O trânsito da região chegou ao limite da saturação”, afirma o coordenador de logística do Ciesp, Ângelo Carmo Araújo Resende.
 
Entre as obras indicadas, quatro se destacam:
– Duplicação de pistas marginais, indicadas como saída para minimizar os congestionamentos na Rangoni, principalmente na zona industrial;
 
– Construção de avenida perimetral próxima à malha férrea da MRS (controladora do trecho Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo), ligando a Estação Piaçagüera ao Terminal da Alemoa, na margem direita do Porto de Santos;
 
– Reforma nas alças de acesso do entroncamento entre a Rangoni e a Via Anchieta (Km 55). À altura do Viaduto Luiz Camargo da Fonseca e Silva, local onde ocorrem tombamentos de caminhões e, consequentemente, bloqueio de pista;
 
– Estadualização da Estrada Plínio de Queiroz Filho, hoje sob controle municipal. A via, usada para transferência da pista leste para a oeste da Rangoni, tem fiscalização confusa devido a presença de operadores municipais, estaduais e privados (Ecovias).
 
As obras sugeridas pelo Ciesp Cubatão vão ao encontro do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos (PDZPS), da Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que estabelece uma série melhorias no complexo portuário santista, como as reformas no sistema viário da margem esquerda do Porto de Santos (Avenida Perimetral) em Guarujá, em fase de licitação.
 
Dinâmica na logística
O revigoramento da infra-estrutura da Região Metropolitana da  Baixada Santista é vital para dinamizar o circuito logístico do principal entreposto aduaneiro do país, cujo movimento foi de 80 milhões de toneladas de carga em 2007 – montante 60% maior que o de cinco anos antes e responsável por 26% dos U$ 160 bilhões negociados pelo Brasil no comércio mundial.
 
Estimativa da Diretoria Regional do Ciesp Santos aponta que o volume de carga salte para 120 milhões de toneladas/ano até 2010. “O Brasil dá sinais seguros de que, em breve, poderá duplicar sua capacidade de movimentação de carga”, confia o diretor titular da regional santista, Ronaldo Souza Forte.
 
Já a Política de Desenvolvimento Produtivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior pretende fazer a participação do Brasil no mercado global sair dos atuais 1,18% para 1,25% (US$ 208,8 bilhões) até 2010.
 
Algumas melhorias em infra-estrutura já estão em fase de implantação para que a meta seja alcançada. O projeto Barnabé-Bagres, por exemplo, vai aumentar a profundidade do canal estuário do Porto de Santos de 13 para 17 metros até 2018. E, juntamente com o Embraporte, duplicará a capacidade do porto adicionando 50 novos berços de atracação. O alargamento do canal de 150 para 220 metros também promete solucionar dois entraves: o tráfego passará a ser em ‘mão dupla’ (entrada e saída) e embarcações de maior porte poderão ‘estacionar’, ampliando o volume de carga transportado.
 
 
 
Agência Ciesp de Notícias
Nivaldo Souza
24/07/2008
 
Foto: Ecovias