Chuvas não permitem otimismo, diz presidente da Sabesp - CIESP

Chuvas não permitem otimismo, diz presidente da Sabesp

Jerson Kelman participou do Seminário Sobre Segurança Hídrica na Fiesp/Ciesp

Não haverá racionamento em 2015 se as obras emergenciais para o ano seguirem dentro prazo e a população continuar economizando, afirmou nesta terça-feira (24/3) o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman.

Ele participou do Seminário sobre Segurança Hídrica organizado pelo Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“Essas chuvas não permitem que tenhamos otimismo. Nossa hipótese de simulação é que vai chegar pouca água nos reservatórios, estamos prevendo uma vazão afluente nos reservatórios pior até que a do ano passado”, disse Kelman. “É claro que a situação melhorou, mas isso não permite absolutamente que a população afrouxe o esforço no sentido de continuar economizando intensamente a água”.

O presidente da Sabesp reiterou, no entanto, que a população deve continuar economizando no consumo de água. “Vamos fechar mais ainda a torneira do Cantareira e as obras emergências para 2015 estão dentro do programa. Mas se qualquer uma dessas hipóteses falhar, o rodízio vem”, alertou.

Jerson Kelman, presidente da Sabesp, fala sobre abastecimento em São Paulo durante seminário na Fiesp. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp

Segundo Kelman, a perda da Sabesp é da ordem de 31%, sendo 20% de perdas físicas, vazamentos, e 11% de perdas comerciais, fraudes no consumo.

Situação anormal

O presidente da Sabesp afirmou que mesmo as soluções para contornar a crise de abastecimento em São Paulo não devem trazer normalidade à distribuição.

“Toda hora sou questionado se a pressão da rede está normal? Claro que não. A pressão não está normal porque uma das técnicas que se utilizou para não ter o rodízio foi a diminuição da pressão”, disse Kelman.

“Parte-se do princípio que é possível, numa situação como essa que vivemos de absoluta seca, assegurar normalidade. Não é possível. Estamos numa situação de anormalidade”, acrescentou.

Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp