Capital lidera ranking de exportações paulistas, mas tem o maior déficit - CIESP

Capital lidera ranking de exportações paulistas, mas tem o maior déficit

Odair Souza, Agência Ciesp de Notícias
No vai e vem do comércio exterior do Estado, a região da Capital continua chegando a extremos. Um levantamento do Ciesp e da Fiesp referente ao período de janeiro a setembro de 2011, com 39 das suas diretorias regionais, mostrou que a região composta por oito cidades (Capital, Caieiras, Embu-Guaçu, Franco da Rocha, Francisco Morato, Itapecerica da Serra, Juquitiba e São Lourenço da Serra) ficou em primeiro lugar em volume de exportação, importação e na corrente de comércio. Porém; na apuração do saldo a região manteve a última posição.

As vendas externas desse grupo de cidades, que responde sozinho por 13,4% da pauta exportadora paulista, subiram 34,5% sobre os primeiros nove meses de 2010, passando de US$ 4,8 bilhões para US$ 6,5 bilhões em 2011 até setembro.

A corrente de comércio da região subiu 20,0%, passando de US$ 15,2 bilhões, de janeiro a setembro de 2010, para US$ 18,3 bilhões no mesmo período de 2011 – o equivalente a 16,6% do fluxo estadual.

As importações registraram acréscimo de 13,4%, passando de US$ 10,4 bilhões, no acumulado de 2010 até setembro, para US$ 11,8 bilhões em 2011 – correspondente a 19,1% do fluxo estadual.

Com o resultado o déficit comercial foi reduzido, mas ainda assim é o maior entre as 39 diretorias pesquisadas, passando de US$ 5,6 bilhões para US$ 5,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2011.

Entre os produtos mais vendidos ao exterior, destacam-se: produtos de usinas de açúcar (US$ 2,2 bilhões), produtos de soja – lavouras temporárias (US$ 881,8 milhões) e de fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais (US$ 378,3 milhões). A presença de produtos do agronegócio se deve ao critério de classificação da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, que considera o domicílio fiscal da empresa exportadora e não o local de produção. Os principais destinos das exportações da região foram: China (15,9%), Holanda (8,3%) e Estados Unidos (6,0%).

Já entre os produtos importados, tiveram maior peso: fabricação produtos farmacêuticos (US$ 459,2 milhões), de veículos ferroviários (US$ 386,1 milhões), e equipamentos de comunicação (US$ 312,2 milhões). As principais origens foram: China (21,2%), EUA (16,4%) e Alemanha (11,4%).

Cidade de São Paulo

O desequilíbrio comercial sentido na indústria é evidenciado no fluxo de comércio da maior cidade do País, que abriga quase 26 mil fábricas. Enquanto produtos primários foram destaques na pauta de exportação, os de maior valor agregado dominaram as compras externas: fabricação de produtos farmacêuticos, veículos ferroviários, equipamentos de comunicação, fabricação de aeronaves e de informática e periféricos.

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